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Novo ´PAISS´ apoia cana transgênica

Assim como fez com o etanol celulósico e outras tecnologias de “segunda geração” que estão sendo desenvolvidas a partir da cana-de-açúcar, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) querem ser os indutores da entrada da cana transgênica no segmento sucroalcooleiro.

Ontem, no lançamento oficial do “PAISS Agrícola”, programa do governo que apoiará projetos de inovação agrícola na cana, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que as pesquisas para o desenvolvimento de uma cana geneticamente modificada serão uma das frentes que serão apoiadas pelo programa. “O lançamento de uma cana transgênica significará um salto tecnológico. Esse é um eixo essencial do PAISS Agrícola”, disse Coutinho.

O programa contará inicialmente com R$ 1,48 bilhão, divididos em partes iguais por BNDES e Finep. O presidente do banco de fomento não descarta a ampliação desse orçamento, assim como ocorreu com o PAISS Industrial – lançado em 2012 com um orçamento de R$ 1 bilhão, mas que até agora conta com uma carteira contratada de R$ 2,8 bilhões. “Esperamos, sim, uma demanda forte pelo PAISS Agrícola”, afirmou Coutinho.

Dos R$ 740 milhões que serão injetados entre 2014 e 2018 pela Finep, R$ 700 milhões serão em financiamentos reembolsáveis e R$ 40 milhões serão subvencionados. A outra metade, que virá do BNDES, também terá R$ 700 milhões em empréstimos reembolsáveis e em injeções de capital em troca de participação acionária (equity). O banco de fomento, por meio da Funtec, destinará ao programa R$ 40 milhões não reembolsáveis.

Os empréstimos do PAISS Agrícola terão taxa de juros de 4% ao ano, carência de três anos e dez anos para amortização. “Estamos falando de juros negativos por dez anos. No caso de projetos de maior risco, as taxas podem chegar a 3,5%”, destacou o presidente da Finep, Glauco Arbix.

Ele acrescenta que a chamada do programa terá duração de quatro meses, sendo três meses para elaboração das propostas pelos interessados. Além do desenvolvimento de novas variedades de cana, o programa dará suporte a projetos nas áreas de máquinas e implementos, novas técnicas de propagação de mudas, adaptação de sistemas industriais e sistemas integrados de manejo e planejamento da produção.

Fabiana Batista

Fonte: Valor Econômico

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