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Novo espaço à tecnologia

A qualidade e a diversificação na produção de etanol, o que inclui o aprimoramento do processo industrial, ganham maior destaque com a implantação e a inauguração de unidades produtoras que estão de olho no exigente mercado externo. A utilização de tecnologias de desidratação do álcool por meio de processos físicos, sem o emprego de produtos químicos, amplia as possibilidades de exportação do produto brasileiro, conforme a opinião de especialistas da área. O novo cenário cria perspectivas promissoras para tecnologias como a desidratação por peneira molecular e favorece o lançamento do sistema membrana molecular, que é a mais nova opção nessa área no Brasil.

“As novas destilarias estão planejando a implantação da peneira molecular, que oferece melhores condições para a produção de álcool com especificações que atendem as exigências do mercado europeu, norte-americano e asiático”, afirma o engenheiro químico Guillermo Abadia, diretor da Planalcool Engenharia e Planejamento Industrial, de Ribeirão Preto, SP, que é licenciada no Brasil pela Katzen Internacional Inc, de Ohio, EUA, para projetos de desidratação

de álcool por meio de peneira molecular. Ele observa que o anidro, produzido com o uso desse sistema, não contém traços de produtos químicos, o que facilita a sua aceitação no mercado internacional. Neste processo, as moléculas de água ficam “presas” na estrutura cristalina da peneira, quando ocorre a passagem em fase de vapor, de um fluxo contendo álcool e água. Na avaliação do diretor da P.A.SYS Engenharia e Sistemas, de Piracicaba, SP, Rodrigo de Campos, sistemas convencionais de desidratação como ciclo hexano e monoetilenoglicol atendem as necessidades técnicas para a produção de anidro para exportação com a finalidade de uso como combustível. “Alguns países utilizam determinadas especificações e exigências como barreiras não tarifárias na comercialização de produtos”, alerta. De acordo com ele, tecnologias de desidratação, como peneira e membrana, proporcionam maior flexibilidade às destilarias, pois oferecem condições para a fabricação de álcoois neutro e especiais – com baixos teores de impurezas – e ampliam as possibilidades de exportação.

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