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Novas tecnologias em lubrificantes industriais

Benício Silva, Coordenador de Marketing de Lubrificantes Industriais da ExxonMobil Lubricants & Specialties, fala das novas tecnologias para a indústria sucroalcooleira.

JornalCana – Quais as novas tecnologias em lubrificação para a indústria sucroalcooleira?

Silva – Atualmente, em função dos períodos de safras mais extenso, e por conseqüência, um tempo disponível para manutenção dos equipamentos cada vez mais reduzidos, as usinas tem tido a necessidade de utilizar lubrificantes que permitam uma operação mais prolongada, com pouca necessidade de relubrificação, que mantenham os equipamentos limpos e que acarretem num menor nível de desgaste dos seus componentes.

Todos estes ingredientes somados, permitem para as usinas reduções de custos de manutenção bastante significativas, principalmente no aspecto de produtividade dos equipamentos e consumo de peças de reposição.

A ExxonMobil, alinhada com estes novos conceitos e tendências, vem trabalhando uma gama de produtos de alto desempenho neste segmento, os quais tem proporcionado excelentes resultados para as usinas, inclusive mudando alguns conceitos antigos de lubrificação de mancais de moendas, redutores e volandeiras, dentre outros componentes. Seguem algumas novas tecnologias abaixo:

Mancais de Moendas, Mangas de Eixo e Rodetes:

Mobilgrease GC 40 – Graxa de alta qualidade, isenta de asfalto e solventes, proporcionando maior vida útil aos componentes, reduzindo drasticamente o consumo de lubrificantes. Substitui os óleos de base asfáltica.

Acionamento da Moenda:

– Redutores DRB e R2SF e Engrenagens bi-helicoidais e dentes retos: Esso Spartan EP 3200 e Mobilgear SHC 3200 – São óleos com aditivos de extrema pressão, de base mineral (Esso Spartan) e 100% sintética (Mobilgear SHC), que proporcionam excelentes resultados em termos de redução de desgaste das engrenagens, e, por conseqüência, maior durabilidade dos equipamentos.

– Redutores de dentes cementados (“Duro Duro”): Mobilgear XMP 460 e Mobilgear SHC XMP 460 – Óleos desenvolvidos para atender as severas condições de operação destes tipos de redutores (Duro Duro), capazes de

evitar o aparecimento do micropitting, bem como estabilizar a sua

progressão. O primeiro possui base mineral e o segundo (SHC XMP) base sintética.

Fabricação do Açúcar:

– Mancais em Geral, Sistemas Hidráulicos e Agulhas de Máquinas de Costura: Mobilgrease FM 101 e 102 e Mobil DTE FM Série – Graxas e Óleos de Grau

Alimentício, que atendem aos requisitos do FDA (Food and Drug

Administration) e do USDA (United States Department of Agriculture), e com registro no NSF International (instituição que certifica produtos e define padrões para proteção aos consumidores de alimentos, água, etc…) para contato incidental com alimentos.

JornalCana – Quais as vantagens destes produtos?

Silva – Conforme descrito na resposta anterior, as principais vantagens obtidas pela utilização destes produtos são a obtenção de economias bastante significativas, principalmente no aspecto da produção pelo aumento da produtividade dos equipamentos e na área de manutenção com menos paradas inesperadas dos equipamentos para manutenções não programadas, além de um menor consumo de peças de reposição e menor tempo necessário para reparos nos equipamentos – nos períodos entre safras. Isto vem de encontro às principais necessidades das usinas descritas no início da resposta anterior.

JornalCana – O setor tem aceitado estas novidades? Quantas usinas utilizam estes novos produtos?

Silva – O setor, de uma forma geral, tem aceitado de uma forma bastante positiva estas novas tecnologias, principalmente aquelas usinas que priorizam a relação custo-benefício, pois os resultados obtidos são bastante satisfatórios e superam qualquer desempenho pelos métodos tradicionais de lubrificação. À medida que as usinas vão conhecendo os resultados destas novas tecnologias, outras usinas tendem a seguir a mesma linha, pois a competição é muito grande no setor.

JornalCana – Quais mercados aceitam mais as mudanças, o do Centro-Sul ou do Norte-Nordeste?

Silva – Nossos primeiros trabalhos com estes produtos foram desenvolvidos nas usinas do interior de São Paulo. Agora, já estamos difundindo os resultados obtidos no Nordeste, com boa aceitação.

JornalCana – Quais as dúvidas mais freqüentes das usinas em relação a lubrificação? E quais os principais problemas do setor sucroalcooleiro?

Silva – O que temos observado nos seminários técnicos para o mercado sucroalcooleiro que temos organizado, e, principalmente, em nossos contatos nas usinas no dia a dia, é que existe uma dúvida inicial muito freqüente das usinas quanto à viabilidade operacional da lubrificação por graxa em mancais e rodetes em lugar do óleo asfáltico, e se necessário, algum tipo de investimento para tal mudança. Nossa mensagem tem sido a de que nos casos em que há a necessidade de investimentos (não são todos), o custo é muito baixo se comparado aos benefícios proporcionados em termos de extensão da vida útil dos equipamentos e componentes: menor freqüência de paradas inesperadas para manutenção, consumo de peças de reposição e, finalmente, pelo consumo do lubrificante propriamente dito.

Outra dúvida freqüente, é quanto à necessidade de produtos de grau alimentício para o setor. Quanto a isto, a grande exigência se dá na área de fabricação de açúcar, por ter equipamentos e componentes lubrificados que realmente podem vir a ter contato incidental com alimentos (açúcar), além da exigência das indústrias de alimentos e bebidas, para quem o açúcar será fornecido posteriormente, a qual tem se tornado cada vez maior. Neste caso, o uso de lubrificantes “Food Grade” (USDA H1), é de essencial importância.

Quanto aos principais problemas, acredito que seja uma grande preocupação do setor, o aspecto da manutenção dos equipamentos das usinas. O fato de os tempos disponíveis para manutenção dos equipamentos estarem se tornando cada vez mais reduzidos em função dos períodos de safras cada vez mais extensos, de forma que, lubrificantes de alta performance para estes equipamentos poderiam dar uma grande contribuição para a diminuição desta preocupação.

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