NovaBio

Moagem de cana no Norte e Nordeste cresce 2% ante a safra anterior

Moagem de cana cresce 2% até o fim de janeiro último nas usinas das regiões Norte e Nordeste

A moagem de cana-de-açúcar pelas usinas das regiões Norte e Nordeste registra alta de 2% na safra 2024-25 até 31 de janeiro, ante igual período do ciclo anterior.

Os dados foram compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), para quem o processamento, até 31 de janeiro, alcança 50,80 milhões de toneladas de cana. Em mesmo período da safra anterior, a moagem contabilizava 49,79 milhões de toneladas.

Em nota, a NovaBio destaca que as usinas das regiões já colheram 83,2% da cana da safra 24-25.

Moagem de cana permite mais etanol e açúcar

Segundo o presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha, o aumento contínuo da produção do etanol hidratado e do açúcar.

Em relação ao biocombustível disponível nas bombas para abastecer veículos flex, houve crescimento de 27,6% em comparação aos resultados em 31 de janeiro de 2024.

Foram fabricados 1,23 bilhão de litros contra 967 milhões de litros da safra anterior.

No açúcar, o crescimento foi de 18,9%, com 3,37 milhões de toneladas produzidas ante 2,83 milhões de toneladas verificadas no ciclo agrícola 2023-2024.

“O ritmo de moagem segue normal, com um bom índice de Açúcar Total Recuperável (ATR), que é a sacarose extraída da planta e posteriormente convertida em açúcar e etanol. O destaque é que, em janeiro deste ano, as chuvas foram mais regulares do que no mês de dezembro. De modo geral, o impacto é positivo para os canaviais, pois melhora o potencial agrícola, principalmente para a próxima safra (2025-2026)”, avalia Cunha, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE).

Moagem de cana nas regiões segue até o começo de abril


Segundo projeções da NovaBio, entidade que reúne 35 usinas sucroenergéticas em 11 estados brasileiros, a moagem atual deverá ser encerrada entre o final de março e o começo de abril.

A produção final estimada é de 61 milhões de toneladas de cana, com 3,64 milhões de toneladas de açúcar e 2,28 bilhões de litros de etanol, somando-se o anidro e o hidratado.

Até 31 de janeiro, a produção de etanol anidro apresentou retração de 22,5%, com 748 milhões de litros fabricados, abaixo dos 966 milhões de litros produzidos no final de janeiro de 2024.

No acumulado da atual safra, somando-se o anidro e o hidratado, as usinas do Norte e Nordeste entregaram ao mercado 1,98 bilhão de litros, volume 2,6% superior em relação ao ano passado.

O estoque físico de etanol, contabilizando 213,6 milhões de litros de anidro e 170,8 milhões de litros de hidratado, atingiu 384,5 milhões de litros, superior aos 340 milhões de litros armazenados no mesmo período da safra 2023-2024.

Por estado, a produção de cana até 31 de janeiro atingiu os seguintes patamares

  • Amazonas: 360 mil toneladas
  • Maranhão: 2,14 milhões de toneladas
  • Pará: 1,34 milhão de tonelada
  • Piauí: 1,12 milhão de tonelada
  • Tocantins: 2,37 milhões de toneladas
  • Alagoas: 15,24 milhões de toneladas
  • Pernambuco: 11,60 milhões de toneladas
  • Bahia: 5,17 milhões de toneladas
  • Paraíba: 6,26 milhões de toneladas
  • Rio Grande do Norte: 3,26 milhões de toneladas
  • Sergipe: 1,88 milhão de tonelada

Total até 31 de janeiro: 50,80 milhões de toneladas de cana

Delcy Mac Cruz Editor
Editor
Especializado em jornalismo focado em bioenergia. É editor do JornalCana.