Foi aprovado nesta semana pelo Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica a criação da nova trading que unirá as atividades globais de comercialização de açúcar da Cargill e da Copersucar. Por não envolver vendas no mercado brasileiro, o negócio recebeu aval sem restrições. Agora, espera autorização de órgãos antitruste de outros países.
Anunciada no dia 27 de março, a nova joint venture deverá ser responsável por até 30% dos embarques mundiais de açúcar, estima representantes do mercado. As envolvidas terão uma participação igual de 50%.
Na época, Luis Roberto Pogetti, presidente do Conselho de Administração da Copersucar, falou sobre o acordo. “Com a nova empresa, a Copersucar reforça sua estratégia de consolidar sua presença global no mercado de açúcar e também seu modelo de negócios diferenciado, baseado na oferta em larga escala, capacidade logística e integração de todos os elos da cadeia, dos produtores aos clientes”.
Olivier Kerr, vice-presidente corporativo da Cargill, acrescenoua. “Acreditamos que a sólida capacidade analítica de nossas equipes de trading e comercialização combinada com a presença global dessa nova joint venture oferecerá aos nossos clientes um entendimento único do mercado global”.
A nova empresa será uma joint venture independente de suas duas controladoras com um novo nome, a ser anunciado quando a transação for concluída. As atividades de trading serão sediadas em Genebra, na Suíça. A joint venture terá escritórios em Hong Kong, São Paulo, Miami, Delhi, Moscou, Jacarta, Xangai, Bangkok e Dubai. Além disso, a joint venture terá uma efetiva presença global, com mais escritórios de representação ao redor do mundo.
Não fazem parte dessa transação os negócios de etanol e os ativos fixos das duas empresas, como terminais e usinas. Essas atividades continuarão sendo negócios separados, individualmente controlados pela Cargill e Copersucar.