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Nova safra de cana começa com estoques altos

As usinas de açúcar e álcool devem começar a nova com os estoques de passagem altos. Dados da União da Agroindústria Canavieira do Estado de São de Paulo (Unica) mostram que os estoques iniciais de açúcar ficarão em 742 mil toneladas, 100% do Centro-Sul, contra 95 mil toneladas da safra 2002/03. Para o álcool, os estoques começam com 1,144 bilhão de litros, dos quais 1,094 bilhão de litros do Centro-Sul, contra 44 milhões de litros iniciados na safra passada.

Para desovar os altos estoques, as usinas poderão esticar a entressafra, atrasando o início da colheita do Centro-Sul, afirmou Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da Unica. O assunto ainda está em discussão.

A estimativa para a safra 2003/04 mostra que a produção brasileira deverá atingir 350,3 milhões de toneladas, batendo novo recorde, 9% acima do ciclo anterior, de 321,5 milhões de toneladas. No Centro-Sul, a oferta será de 298 milhões de toneladas, 10,2% acima de 2002/03.

A produção brasileira de açúcar, igualmente recorde, será de 24,23 milhões de toneladas, 7,5% acima dos volumes de 2002/03, de 22,54 milhões de toneladas. Os volumes do Centro-Sul ficarão em 20,35 milhões de toneladas, 8,8% acima dos 18,7 milhões de toneladas do ano anterior.

Para o álcool, os volumes atuais são o segundo maior da história do setor, cedendo apenas para a safra 1997/98. A oferta nacional deverá bater 14,40 bilhões de litros, 13,9% acima do ano anterior. No Centro-Sul, a oferta será de 12,9 bilhões de litros, 15,7% superior ao do ano anterior.

O bom desempenho do setor, segundo Carvalho, é atribuído à expansão dos canaviais, a boa produtividade da cana e o clima favorável.

Para Carvalho, o mercado interno deverá absorver a maioria da produção brasileira de álcool. As exportações ainda mantêm-se incipientes. O mercado de carros flexfuel, segundo ele, deverá absorver boa parte do produto, uma vez que os preços deverão se manter atrativos para o consumo de álcool, em razão da maior oferta da matéria-prima.

A redução do ICMS em São Paulo, de 25% para 12%, também deverá beneficiar o mercado hidratado de álcool.

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