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Nossa engenharia move o mundo

Com a auto-suficiência alcançada do petróleo em 2006, frente ao preço atual, vivemos no Brasil situação privilegiada. Além disso, nossos engenheiros já são especialistas em motores a álcool, dominamos a tecnologia para produzir biodiesel, e os testes com este novo biocombustível estão em estágio avançado. Estes fatos indicam que, nos próximos anos, a humanidade viverá realidade energética diferente e, por isso, este é o momento de pensar o futuro. Na indústria da mobilidade mundial, quase toda dependente do petróleo, vemos diversas tendências tecnológicas em combustíveis alternativos (biocombustíveis, hidrogênio, eletricidade, GNV).

No Brasil, os biocombustíveis já são fato, principalmente o álcool. Este é o caminho que devemos seguir, pois dominamos a tecnologia para produzir motores e combustível graças ao pioneirismo de nossa engenharia, que muito tem contribuído para a sustentabilidade brasileira em termos de matriz energética. Como isso foi possível é o que veremos nos dias 21, 22 e 23 de novembro, durante o Congresso SAE Brasil 2006, que acontece em São Paulo, com o tema Sustentabilidade e a Matriz Energética Mundial – a Contribuição da Engenharia Brasileira. Veremos a evolução de engenharia no sentido de conquistar e manter o auto-sustento energético, principalmente no que tange o uso do petróleo. Ainda não somos independentes desta matéria-prima, mas dispomos de frota de veículos bastante interessante que pode utilizar álcool e se algum dia faltar gasolina na bomba, nossos carros continuarão andando. Veremos que dispomos de tecnologia para tornar realidade o uso de 100% de biocombustíveis em máquinas motorizadas. Os fóruns sobre veículos de passeio debaterão este assunto em profundidade, pois o alto preço do petróleo tem levado o mundo todo a buscar fontes alternativas de combustível. Nos EUA, relatório divulgado pela Auto Alliance of Automobille Manufactures (a Anfavea norte-americana), informa que cerca de 9 milhões de veículos já rodam naquele país com combustível alternativo.

Já na Europa, a Associação das Indústrias Automotivas da Alemanha (VDA ) divulgou que o consumo de combustível foi reduzido em 25% em média, desde os anos 90, com o desenvolvimento de novas tecnologias que permitem maior eficiência dos veículos. A economia de combustível também será foco do Congresso SAE Brasil, tanto que o Comitê de Caminhões e Ônibus adotou este assunto como subtema. Nos fóruns, montadoras e sistemistas mostrarão as novas tecnologias em motores e transmissão que permitem rodar mais com menos combustível, e empresários do setor de transporte de cargas e passageiros contarão as estratégias de como conseguir reduzir o consumo em suas empresas. Vemos, assim, um aumento na contribuição da engenharia brasileira no cenário mundial, no sentido de tornar o mundo independente do petróleo, que é finito. De todas as tecnologias de combustíveis alternativas, a mais viável economicamente é, sem dúvida, o álcool. Apesar disso, os biocombustíveis não são única solução, mas a mais imediata.

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