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Normas mais rígidas para transgênicos na UE

A União Européia (UE) está perto de um acordo sobre a imposição de normas mais rigorosas referentes aos rótulos de produtos alimentícios que contenham ingredientes transgênicos, medida que ajudará a levantar a proibição destes produtos fabricados por companhias como a Monsanto.

O Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França, deve aprovar hoje uma redução do limite para o teor de transgênicos contidos em alimentos, que obrigará à sua declaração no rótulo, de 1% segundo a lei atual, para 0,9% do produto. A proposta também exige que outros fabricantes de alimentos controlem estes ingredientes ou as rações animais que acabam entrando na preparação de seus produtos.

A norma sobre rótulos permitirá a eliminação da moratória sobre o licenciamento de organismos geneticamente modificados (OGMs), para venda na Europa. Os EUA, cujas empresas produzem 70% das safras de transgênicos do mundo, apelaram para a Organização Mundial de Comércio (OMC) em Genebra para obrigar a UE a reabrir seus mercados a tais produtos.

“Com certa dificuldade elaboramos um sistema que oferecerá segurança e possibilidade de escolha aos nossos cidadãos”, disse ao Parlamento a comissária da UE para o Meio Ambiente, Margot Wallstroem. “É importante decidir agora para que possamos mostrar aos nossos cidadãos, e ao resto do mundo, que a UE pode tratar com responsabilidade desta difícil questão”.

Os produtores americanos alegam que perderam US$ 1 bilhão desde a proibição em 1998, e temem que outros países passem a usar tal restrição para justificar seu próprio veto a estes produtos. Associações americanas se opõem às normas relativas à rotulagem porque a maior parte dos consumidores europeus rejeita os produtos transgênicos, segundo apurou um estudo da UE.

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