JornalCana

Nordeste teve índice de chuvas seis vezes maior do que o normal

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou, no mês de janeiro, volume de chuva no Nordeste que chegou a 600 milímetros por mês, seis vezes superior à média para o período na região, atingindo recorde histórico.

“A chuva não só veio em janeiro, como veio em proporções sem precedentes”, comentou o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, após reunião ontem com o grupo interministerial, composto por representantes de dez ministérios, com o objetivo de gerenciar as ações emergenciais de assistência às vítimas das chuvas.

Embora a previsão seja de diminuição da chuva a partir da próxima quarta-feira, o governo já se prepara para possibilidade de outras enchentes e conseqüentes desabamentos a partir de abril, período costumeiramente de chuvas no Nordeste. “Nós ainda estamos ponderando que o problema vai se agravar”, alertou Ciro.

De acordo com o diretor do Inmet, Antônio Divino Moura, avalia-se que o fenômeno de janeiro no Nordeste tenha sido provocado pela alta temperatura do mar na região de Sergipe.

A partir de quarta-feira haverá intensificação das chuvas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, dessa vez um fenômeno próprio das chuvas de verão, prevê o Inmet. As tempestades deverão atingir um volume de 50 milímetros de água por dia. O normal para meses de fevereiro nos estados são 180 milímetros por mês.

Para o setor sucroalcooleiro, as primeiras conseqüências econômicas já estão sendo avaliadas e apontam para prejuízos cujas cifras ainda não foram definidas, mas estão evidenciadas na redução do ritmo das unidades produtoras de álcool e açúcar, como já noticiou o JornalCana. Na Cooperativa Pindorama (Coruripe – Alagoas) o ritmo da usina inaugurada para a safra 2.003/04 ficou reduzido a 60% da capacidade instalada de produção durante três semanas. “Os custos foram mantidos e agora vamos verificar o tamanho do prejuízo”, explica o presidente da cooperativa, Klécio José dos Santos.

Outro problema para o setor durante o período de intensas chuvas foi comprometimento da qualidade da matéria-prima que chegou às usinas e destilarias, aumentando o percentual de sujeira na cana dos toleráveis 2% para mais de 10%, provocando eleva’;cão sensível dos os custos de produção de todas as usinas. Os empresários do setor alegam que somente com a chegada da estiagem, a partir desta semana, é que será possível calcular com exatidão os prejuízos das chuvas que durante semanas caíram em todo Nordeste.

(Fonte: Agência Brasil)

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram