JornalCana

Nordeste irá colher 52,3 milhões de toneladas de cana

A safra 2003/2004 deverá ser boa para os produtores nordestinos. Em termos de volume as estimativas apontam para uma colheita de 52,3 milhões de toneladas de cana, um incremento de 2,03% sobre a safra passada. Dete total, cerca de 38% deverá ser originário dos fornecedores de cana, segundo a União Nordestina dos Plantadores de Cana do Nordeste (unida). O desempenho industrial também deverá ser ampliado. Deverão ser produzidas cerca de 1,880 milhão de toneladas métricas de açúcar, volume 1,07% maior que no período 2002/2003. A produção de álcool deverá alcançar cerca de 1,521 bilhões de litros. “as perspectivas para esta safra são bastante boas. As chuvas têm caído com regularidade e tem havido a ampliação das áreas de plantio nos últimos anos que começam a ser colhidas nesta safra”, observa o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco, Renato Cunha.

O estado que deverá registrar o melhor desempenho continua sendo Alagoas. Maior produtor regional, Alagoas espera colher aproximadamente 25 milhões de toneladas, volume 5% superior ao anotado no período 2002/2003. “Á produção de açúcar deverá ser igual a do ano passado, cerca de 42 milhões de sacas. O álcool deverá ser ampliado de 580 milhões de litros para 650 milhões de litros nesta safra”, diz o presidente do Sindaçúcar de Alagoas, Pedro Robério de Melo Nogueira. Segundo ele, esta opção pela maior produção de álcool é uma forma de repor os estoques de passagem uma vez que na safra passada cerca de 80 milhões de litros foram enviados para o Centro-Sul para evitar o desabastecimento naquelas regiões.

Pernambuco irá produzir 16,2 milhões de toneladas de cana contra 14,68 milhões registras na safra anterior. A produção de açúcar deverá ser de 28 milhões de sacas. As exportações deverão alcançar o volume de 600 mil toneladas, volume semelhante a safra 02/03. O aumento da produtividade se deve em função dos investimentos feitos pelas usinas e destilarias estaduais que destinaram, em média, entre 5% e 7% de seus faturamentos para investimentos. Apesar das boas perspectivas agrícola e industrial a receita deverá ser semelhante a da safra 2002/2003, aproximadamente R$ 1,2 bilhão. “O dólar em queda influencia significativamente no resultado da receita”, justifica Renato Cunha.

A Paraíba, que esmagou 4,8 milhões de toneladas de cana na última safra, deverá registrar um crescimento de cerca de 10% em sua produção. “As chuvas regulares e a ampliação da área plantada nos últimos anos são as maiores responsáveis por este crescimento”, diz o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Moraes. Segundo ele, a produção de açúcar deverá chegar a 1,2 milhão de toneladas. “Os produtores paraibanos destinam cerca de 75% da safra de cana para a produção de álcool”, explica.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram