A região Nordeste ganha um gigante na distribuição de energias.
Trata-se da joint venture recém criada entre o grupo holandês Vitol e o grupo pernambucano Dislub Equador (GDE).
De seu lado, o grupo Vitol adquiriu 50% do Dislub. O valor da transação não foi divulgado.
Ainda assim, a operação deverá ser concluída até o fim do ano, após obter o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“Este é um grande passo para o GDE, a transação viabilizará nossa consolidação nos territórios que operamos e trará mais competitividade para enfrentar os desafios que virão”, afirma Sergio Lins, acionista do Grupo Dislub Equador.
Russell Hardy, CEO da Vitol: “O Grupo Dislub Equador tem uma forte presença nas regiões que apresentam crescimento mais rápido do Brasil e está bem posicionado para atender o mercado interno”.
Atuação do Dislub Equador
Em princípio, o grupo Dislub registrou em 2018 faturamento de R$ 5 bilhões, conforme divulgado pela mídia.
É hoje a sexta maior rede de postos do mercado nacional, com vendas de 1,4 bilhão de litros por ano.
A empresa possui postos em 15 estados e detém mais de 210 metros cúbicos de tancagem para importação e distribuição de derivados de petróleo e biocombustíveis.
O grupo possui 430 postos bandeirados e atende mais de 2 mil clientes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Mais sobre o grupo Vitol
Em suma, faturou US$ 231 bilhões (cerca de R$ 880 bilhões) em 2018.
De acordo com divulgação, a empresa negocia 7,4 milhões de barris por dia.
Por sua vez, conta com 250 navios transportando suas cargas pelos mares.
É a segunda aquisição da Vitol no Brasil desde agosto do ano passado.
Naquela oportunidade, a empresa comprou 50% da distribuidora gaúcha Rodoil.
Finalmente, a Rodoil, assim como a Dislub, possui faturamento anual estimado em R$ 5 bilhões.
“Um gigante que começa a acordar”
Renato Cunha, presidente da NovaBio, entidade representativa do setor sucroenergético, celebra a criação da joint venture.
“O grupo Dislub com a família Carrilho e equipe à frente , criou um padrão eficiente de distribuição de energias no Nordeste”, diz ele em relato ao JornalCana.
“E consolida-se com destaques em infra-estrutura e distribuição”, emenda o executivo, também presidente do Sindaçúcar, representante das empresas sucroenergéticas em Pernambuco.
“Essa joint venture com a poderosa Vitol vai no sentido das grandes tradings internacionais enveredarem pela distribuição”, explica.
E “reforçadas pelo potencial de consumo do Nordeste.”
Por fim, trata-se de região com cerca de 55 milhões de consumidores.
“E que se constitui num gigante que começa a acordar para crescer estruturadamente”, finaliza.