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Nível de emprego fecha 2006 com recuo de 0,26% em SP

Queda em dezembro foi de 2,48% ante novembro e resultou no fechamento de 52 mil postos de trabalho. O nível de emprego na indústria de transformação paulista recuou 0,26% em 2006, fechando com um saldo negativo de cinco mil vagas em relação ao ano anterior, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em dezembro, houve variação negativa de 2,48% em relação a novembro, o que significou o fechamento de 52 mil postos de trabalho. No mesmo mês de 2005, o indicador da entidade havia registrado queda de 1,62%.

“O aumento vigoroso das importações devido ao câmbio valorizado significou a substituição de produção doméstica, criando um quadro de desequilíbrio muito grave e severo para a indústria de transformação, que deve continuar em 2007”, disse o diretor do Departamento de Economia da Federação, Paulo Francini.

Esse foi o primeiro resultado negativo anual do indicador desde o início da série histórica em 2000, informou a Fiesp que, entretanto, ressalvou a mudança de metodologia do índice em 2005, que impede uma comparação efetiva do ano passado com os demais períodos. Em 2005, houve crescimento do emprego de 2,4% na comparação com 2004.

“A queda em dezembro foi maior que o previsto, conduzindo o resultado do ano para um patamar negativo”, disse o diretor da Fiesp, que estimava um crescimento do emprego de 0,5% em 2006.

No último mês do ano passado, o emprego industrial apresentou recuo maior do que o registrado no mesmo período em outros anos. De acordo com o economista, isso deveu-se, em grande parte, à redução de 12,6% dos postos de trabalho no setor de fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool.

A expansão do setor sucroalcooleiro em 2006, por exemplo, implicou contratação de um contingente bem maior de trabalhadores do que em anos anteriores, elevando a participação do setor no emprego total, segundo Francini. A partir de novembro, com a entressafra da cana, essa mão-de-obra foi dispensada, influ-enciando o resultado de dezembro e também do ano passado. No acumulado do ano, porém, esse setor apresentou crescimento de 19,37%, o resultado mais positivo entre os segmentos analisados pela Fiesp.

Outros setores que apresentaram resultados positivos no ano passado foram máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,47%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,10%) e metalurgia básica (3,69%).

Já o setor de preparação de couro e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados – cuja exportação foi prejudicada pela valorização do real ante o dólar – apresentou o pior resultado negativo, encerrando o ano passado com recuo de 16,89% na comparação com 2005.

Houve variação negativa do nível de emprego também nos segmentos de fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias (–3,18%), material eletrônico e aparelhos e equipamentos de comunicações (–2,76%) e fabricação de produtos alimentícios e bebidas (–2,12%).

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