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Negociação de engenhos da Cruangi reunirá canavieiros

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Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP

Acontece na próxima terça-feira, 17 de dezembro, uma reunião entre produtores de cana revoltados com a decisão da negociação de cinco engenhos da usina Cruangi com o governo estadual. O encontro acontece às 9h, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nazaré da Mata.

Na ocasião, os agricultores discutirão quais medidas vão tomar diante das desapropriações que os revoltaram, já que, de acordo com a AFCP – Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco e o Sindicape – Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado, a ação vai inviabilizar o pagamento da dívida de R$ 5 milhões da usina com os canavieiros, situação que estava sendo negociada, inclusive com o governo.

Os engenhos desapropriados são o Cumbe, Juliãozinho, Jussara, Jussarinha e o Trincheiras, todas da Cruangi, em Timbaúba (PE). As propriedades da Usina Pumaty foram os engenhos Arranca e Almecega, no município de Água Preta (PE). As desapropriações foram divulgadas nesta terça-feira, 10, no Diário Oficial do Estado. “A maioria desses engenhos da Cruangi estava arrendada a produtores de cana”, diz o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima, lembrando que a AFCP e o Sindicape já negociavam uma das áreas como forma de pagamento das dívidas com os agricultores.

Lima informa que a negociação do engenho Jussara, por exemplo, já estava bem avançada com a diretoria da Cruangi. O negócio aguardava a usina negociar com o arrendatário da área. O engenho seria utilizado para pagar a dívida com os produtores de cana.

O dirigente lembra que há outro problema com as desapropriações. Três dos cinco engenhos da Cruangi estão arrendados por famílias há pelo menos 75 anos. “Como estão há muito tempo no local, são praticamente donos desses engenhos. Os contratos com a usina é por tempo indeterminado. Assim, na prática, a desapropriação dessas propriedades trará grande prejuízo para estas famílias, pois serão indenizadas somente pelas benfeitorias existentes na propriedade, mas não pelo tempo que iriam produzir nas terras”, diz Lima. 

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