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Nasce a SJC Bioenergia com capacidade para processar até 7,5 mi de toneladas

A Cargill e o Grupo USJ acabam de finalizar o processo de joint venture para constituição da SJC Bioenergia, empresa projetada para processar até 7,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2013. A sociedade reúne os ativos industriais do Grupo USJ no Estado de Goiás (Usinas São Francisco de Quirinópolis e a Usina Cachoeira Dourada, em construção no município de mesmo nome).

Com gestão compartilhada, a SJC contará com participação de 50% para cada um dos sócios e passa a ser, também, sucessora dos contratos de fornecimento de cana mantidos com produtores da região.

Segundo Ingo Kalder, diretor responsável pela SJC, o número atual de funcionários é de 2.195 e será superior a 3.000 em 2013, a partir da conclusão de Cachoeira Dourada. Hoje, as duas usinas produzem 5 milhões de toneladas de cana, que resultam em 170 milhões de litros de etanol, 420 mil toneladas de açúcar a cada safra e 350.000 MW ano de energia. Com a moagem de 7,5 milhões de toneladas de cana, a produção em 2013/2014 incrementará 200 milhões de litros de etanol e ainda 200.000 MW ano de energia elétrica. “O projeto de expansão das usinas Cachoeira Dourada e São Francisco permitirá, nos anos seguintes, dobrar a capacidade de moagem, alcançando cerca de 15 milhões de toneladas de cana, adicionando módulos de 2,5 milhões de toneladas a cada dois anos, o que incluirá a SJC Bioenergia entre os maio res grupos produtores de açúcar e etanol no Brasil” , conclui o executivo.

Para Hermínio Ometto Neto, presidente do Grupo USJ, um dos fatores relevantes para a escolha da Cargill foi o alinhamento de valores organizacionais entre os dois grupos, adicionalmente à experiência técnica. “O Grupo USJ tem know how avançado no setor sucroenergético e suas usinas estão estrategicamente localizadas na região de expansão de cana mais promissora do país. A Cargill é uma das maiores empresas de alimentos e também uma das principais tradings de açúcar do mundo”, diz.

Além da produção de açúcar e etanol, a SJC Bioenergia vai gerar energia elétrica a partir de bagaço de cana, com capacidade para suprir sua própria demanda e ainda destinar os 2/3 excedentes ao sistema nacional de energia elétrica.

“As duas usinas da SJC em Goiás mantêm uma sinergia, escala de produção competitiva e concepção de projeto que permite rápida expansão. Estudamos, ainda, a possibilidade de fabricar outros produtos na região, provenientes de novas tecnologias, além disso a região adota práticas de plantio e colheita 100% mecanizadas, com produtores comprometidos com o desenvolvimento do setor”, afirma Marcelo de Andrade, diretor do negócio Açúcar e Etanol da Cargill no Brasil.

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