A guerra na Ucrânia pela Rússia, que é um dos principais players de fertilizantes no mundo, fez com que o governo brasileiro buscasse alternativas para amenizar impactos no agronegócio. Já negociou o produto em países como Canadá e Irã e busca meios para a produção nacional.
O Ministério da Agricultura garantiu que não faltará ureia. Em reunião com Bolsonaro e a Feplana, na última semana, a ministra Tereza Cristina chegou a tranquilizar todos e orientou ao agronegócio a usar só o necessário, evitar estoques e assim ir regulando os preços altos
A Federação dos Plantadores de Cana de Brasil (Feplana) reforça o conselho da ministra e orienta os mais de 60 mil canavieiros do país a utilizarem os fertilizantes com normalidade. “Sigam a necessidade dos tratos culturais da época. Nem mais nem menos. Comprar para estocar só aumentará os preços, estes alterados em função da guerra, podendo subir ainda mais a depender da procura desenfreada. A ministra já garantiu uma grande quantidade de ureia oriunda do Irã e do Canadá. Ureia é um importante fertilizantes para o agro”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente a Feplana.
LEIA MAIS > Estoques de etanol garantem oferta até o início de safra 22/23
A Federação Nacional Canavieira fez um pesquisa no preço do fertilizante do tipo MAP e a fórmula 140018, que foram utilizados na safra 2021/2022 em Pernambuco, 2° maior estado produtor de cana no Nordeste. Em apenas um ano, de outubro/2020 ao mesmo mês do ano seguinte, mais que dobrou a quantidade de cana para se poder comprar uma tonelada do fertilizante do tipo 140018. Em out/20, por exemplo, eram necessárias 10 toneladas de cana, agora foram 22 toneladas. “Portanto, com essaa guerra da Rússia que é o principal exportador de potássio, só tende a aumentar seu preço se o agro se apressar em comprar para estocar”, reforça Andrade Lima.