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Muzambinho também negocia cachaça

Na Fazenda Santo Antônio do Campestre, onde fica a sede da empresa mineira Fazenda Muzambinho, os cafezais dividem espaço com a cana-de-açúcar.

A disputa neste caso é saudável. O empresário Eduardo Campedelli Galante também tem um plano de ação para exportar cachaça, com produção artesanal em sua fazenda.

A área com cana ocupa 46 hectares e toda a produção é destinada à cachaça. O primeiro alambique foi instalado na fazenda em 1924 pelo avô do empresário, Lauro Campedelli. “Nossa produção de cachaça sempre foi para consumo próprio”, lembra Galante. Mas foi a partir da década de 90, que o empresário decidiu investir na produção artesanal de cachaça para a comercialização.

A produção atual da empresa está estimada em 400 mil litros, dos quais 20 mil litros já foram exportados em abril para os EUA, 10 mil litros foram para Portugal e outros 10 mil litros foram embarcados para Angola.

Assim como no caso café, o consumo da tradicional cachaça brasileira tem resistência nos países do Mercosul. “Os países sul-americanos são fortes consumidores de uísque e rum”, afirma Beatriz Rodriguez, do departamento de exportação da Muzambinho.

Ela está em negociação com duas importadoras para levar a cachaça para a Argentina e o Uruguai. O foco da Muzambinho não é o varejo para cachaça, mas as classes A e B. “Vamos realizar estudos nos mercados do Chile e do México.”

Hoje o faturamento da Muzambinho é de R$ 3 milhões, dos quais o café representa 70% e a cachaça, 30%. “Queremos aumentar a participação da cachaça para 50% do total do faturamento, que tem um valor agregado maior”, diz o empresário.

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