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MT: Consumo de gás natural “despenca”

O consumo de gás natural em Mato Grosso durante o ano de 2008 foi cerca de 17 vezes menor que o registrado no ano anterior.

O consumo de gás natural em Mato Grosso durante o ano de 2008 foi cerca de 17 vezes menor que o registrado no ano anterior. No ano passado, o volume negociado (abrangendo o gás natural veicular – GNV e geração de energia elétrica) totalizou 11,862 milhões de metros cúbicos de gás (m3) contra 206,4 milhões m3 em 2007. A queda foi puxada principalmente pela geração elétrica por parte da usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá).

De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), o volume consumido e destinado à geração elétrica no ano passado foi de apenas 6,608 milhões m3 contra 205,392 milhões m3 em 2007. A diferença chegou a 198,784 milhões m3, o que representa uma quantidade em torno de 31 vezes inferior em relação ano de 2007. Mas a queda também atingiu o consumo de GNV, que apesar de contar com mais dois postos para abastecer, um em Rondonópolis e outro em Várzea Grande, totalizando seis pontos no Estado, o volume recuou. Em 2007 foram 4,198 milhões m3 e no ano passado caiu para 2,959 milhões m3, retração de 29,5%.

Já o consumo da unidade frigorífica da Sadia, na cidade de Várzea Grande e que usa o insumo para geração de energia, o volume demandado cresceu. Passou de 1,468 milhão m3 em 2007 para 2,306 milhões m3, expansão de 57% de um ano para outro. O presidente da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), Helny de Paula, afirma que mesmo com números negativos no ano passado, praticamente todo o volume contabilizado por Mato Grosso foi decorrente do abastecimento feito por meio da estatal, já que térmica ficou desativada quase que o ano todo, com algumas gerações pontuais.

Ele ressalta que mesmo com a suspensão no fornecimento ao Estado, em consequência do fechamento, na Bolívia, da válvula por onde passa o insumo que chega a Mato Grosso, os números finais foram positivos e a perspectiva é que este ano volte a crescer pois a estatal tem projetos para ampliar o número de clientes que usam o gás para geração elétrica ou mesmo como combustível para os carros.

“Vamos intensificar a visita às empresas que podem utilizar o gás, já que conseguimos um feito inédito, que é um Estado fechar um acordo de fornecimento de gás diretamente com outro país”. Helny de Paula conta ainda que no começo de fevereiro, uma equipe da MT Gás irá até à Bolívia se reunir com representes da YPFB para tentar reduzir o valor cobrado pelo milhão de MBTU, que atualmente está em US$ 9,69

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