Os 2,5 bilhões de litros de etanol a partir da cana-de-açúcar produzidos em Mato Grosso do Sul, em 2020, evitou a emissão de 3,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
Os números foram analisados em reunião nesta segunda-feira (1º) entre o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, o presidente da Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul) Roberto Hollanda Filho, e o superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Semagro, Bruno Gouveia.
Das 18 unidades sucroenergéticas que operam no Estado, 16 foram certificadas já no primeiro ano do RenovaBio. “No Estado de Mato Grosso do Sul temos diversas iniciativas de políticas públicas em que está inserida a questão da sustentabilidade. Esse conjunto de ações integra o Projeto MS Estado Carbono Neutro e o RenovaBio se alinha exatamente a essa iniciativa e também àquilo que se propõe cada entidade dentro do Acordo de Paris. O RenovaBio traz o conceito da sustentabilidade do agro e da indústria, no caso específico do etanol”, analisou Verruck.
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Já o volume evitado de CO2 no Estado corresponde à absorção feita por mais de 400 milhões de árvores, cerca de 250 mil hectares de floresta que pode ser representada por 330 mil campos de futebol.
“O CBIO é um instrumento que reflete precisamente quanto cada litro de biocombustível evita de emissão em comparação ao seu equivalente fóssil”, explica Hollanda.
As associadas da Biosul, segundo Hollanda, foram muito bem ranqueadas pelas notas de eficiência energético-ambiental e estão empenhadas em melhorar ainda mais com a relevância que o RenovaBio já tem para o Brasil e para o mundo comprovando as externalidades positivas do etanol, seja em ganhos ambientais, econômicos e sociais. Os objetivos do programa, explica Hollanda, vão além da mitigação dos gases causadores do efeito estufa (GEE).
“Com essa política pública para a expansão da produção de biocombustíveis para os próximos anos, sem dúvidas o RenovaBio também será um estímulo para gerar ainda mais empregos nas usinas de MS”, enfatiza o presidente da Biosul. Até 2030, o programa estima gerar 1,4 milhões de novos empregos no País.
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Em 2020, a comercialização de CBIOs somou pouco mais de R$ 650 bilhões. As usinas certificadas ofertaram 18.508.636 de CBIOs, sendo que 3.120.294 desses créditos foram provenientes das unidades produtoras de etanol em Mato Grosso do Sul, o que corresponde a 16% da oferta nacional.
“O programa vem como um estímulo para que as unidades invistam cada vez mais na eficiência dos seus processos produtivos”, conclui o presidente da Biosul.