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MPX e Cosan se preparam para investimentos em energia

Empresa geração a carvão fecha estruturação de hedge cambial para Porto do Pecém II e gigante da cana aumenta capital em US$ 180 milhões Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Negócios 06/10/2008 A MPX e a Cosan anunciaram operações financeiras importantes para tocar projetos de energia elétrica logo após participações vitoriosas no leilão A-5 na semana passada. A MPX Energia concluiu estruturação de hedge cambial para a parcela denominada em moeda estrangeira do investimento previsto para a construção da térmica Porto de Pecém II (CE-360 MW). A taxa de câmbio spot obtida foi de R$ 1,9213 por dólar. A térmica vendeu 276 MW médios a uma receita fixa de R$ 206,98 milhões por ano, corrigidos pelo IPCA. Segundo a MPX, a usina já foi enquadrada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para financiamento da totalidade da dívida e conta ainda com um empréstimo ponte de R$ 305 milhões do Citibank. Porto de Pecém II tem firmado um pré-contrato de EPC com o consórcio liderado pela Maire Engineering, responsável pela construção da primeira fase do projeto, detida em parceira da MPX e Energias do Brasil. O grupo português desistiu da expansão devido à situação difícil nos mercados internacionais. A térmica ficará pronta um ano antes da entrega da para o mercado regulado. Cosan – Já a Cosan comercializou energia da unidade Paraúna, totalizando 4.599 GWh com contratos de cerca de R$ 670 milhões. De acordo com a empresa, a planta de co-geração será de ordem de R$ 190 milhões. A unidade, ligada a subsidiária Cosan Centroeste SA Açúcar e Álcool, levando-se em conta a capacidade mínima do projeto de co-geração e a energia já comercializada, tem potencial disponível para venda futura de 23%. Paralelo ao resultado do leilão, a Cosan anunciou acordo de investimento com a Gávea Investimentos e o acionista controlador Rubens Ometto Silveira Mello para colocação privada da Cosan Limited de US$ 180 milhões. A Gávea, através de fundos, vai subscrever até 16.455.696 ações ordinárias classe A de emissão da companhia, com preço de emissão de US$ 7,90 por ação, no montante de até US$ 130 milhões; e Mello vai ficar com 6.329.114 ações, totalizando US$ 50 milhões. Acende Brasil – Para o Instituto Acende Brasil, preço médio de R$ 145 por MWh das térmicas, valor significativamente superior aos resultados obtidos nos últimos leilões, está relacionado a elevação do custo de capital e do combustível e os sinais de encarecimento do crédito em decorrência da atual crise financeira global. A entidade lembrou que o valor se refere apenas ao Índice de Custo Benefício e o eventual acionamento das termelétricas por decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico fora da ordem do mérito implicará, necessariamente, em preços maiores para a energia que serão repassados aos consumidores.

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