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Montadoras se armam para pressionar governo

Três frentes ligadas ao setor automobilístico – montadoras, fabricantes de autopeças e sindicato dos metalúrgicos – se armaram para pedir socorro ao governo. Cada uma delas preparou estudo próprio para levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até o fim de abril, mostrando que o setor, responsável por 11% do Produto Interno Bruto (PIB), estará próximo a um colapso se continuar operando com menos de 60% de sua capacidade de produção. Num quadro como esse, investimentos são mais difíceis de serem aprovados e os empregos estão ameaçados.

Dois dos estudos, o do Sindicato Nacional dos Fabricantes de Autopeças (Sindipeças) e o do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, estão prontos há alguns meses. As duas entidades já pediram audiência a Lula.

O das montadoras foi concluído na semana passada e traça amplo diagnóstico sobre o setor para ser usado como base na discussão com o governo. Preparado pela consultoria Booz Allen a pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), reforça a tese de que é preciso reduzir com urgência a ociosidade, hoje em 44%.

O estudo, ao qual o Estado teve acesso, indica que o setor só terá sustentabilidade se conseguir operar com pelo menos 80% de sua capacidade instalada. Somente assim se justificariam os investimentos de mais de US$ 20 bilhões feitos a partir de 1994 e seria possível garantir novos aportes para renovação de produtos.

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