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Montadoras mostram novas armas na guerra pela liderança

Com o mercado embolado nos dois primeiros meses do ano, com as maiores fabricantes dividindo porcentuais muito próximos de vendas, a guerra pelo consumidor começa a se intensificar no mercado automobilístico. A Fiat, que em julho completará 30 anos de Brasil, antecipa a comemoração para este fim de semana com o início das vendas de duas séries especiais dos modelos Palio, Siena e Weekend e o lançamento de campanha publicitária em que não mostra modelos da marca, mas crianças falando de como elas vêem o carro do futuro.

Na semana passada, a Volkswagen anunciou sua principal estratégia de marketing para este ano. A montadora vai realizar megaeventos que vão juntar desde feirão de vendas a desfile de moda, corrida (Stock Car), minissalão do automóvel e shows em universidades. Parece que este será um ano de maior agressividade na comunicação, confirma o presidente da Fiat, Cledorvino Belini.

A Fiat tirou a liderança de vendas de 42 anos da Volks em 2001 e a manteve por três anos.

Em 2004, perdeu o posto para a General Motors e o recuperou no ano passado. Este ano, a marca acha que a maior disputa volta a ser com a Volks, que no primeiro bimestre ficou com 23,9% das vendas de automóveis e comerciais leves, ante 23,5% da Fiat. A diferença entre as duas é de 879 unidades. A GM está 2,1 mil carros atrás.

No campo de produtos, a Volks lançará em abril a minivan SpaceFox, para enfrentar o Fiat Idea, lançado no ano passado e atualmente com vendas de 3 mil unidades ao mês. O SpaceFox certamente será um competidor, mas teremos novidades no Idea para enfrentá-lo, diz o diretor-comercial da Fiat, Lélio Ramos, sem adiantar detalhes.

Na área de tecnologia, a Fiat promete para o segundo semestre o Siena tetracombustível, que vai rodar com álcool, gasolina e gás, além da nafta (gasolina pura usada em países da América Latina). Volks e GM já têm modelos tricombustível, mas Belini ressalta que são bicombustível adaptados para o gás, opção que normalmente perde potência quando se muda de um combustível para outro. Nossa tecnologia é inédita e vai manter a potência do veículo em qualquer das opções, diz o executivo. Outra vantagem é a exportação. Hoje, a indústria faz um motor para o carro brasileiro e outro para a América Latina. A partir dessa tecnologia o desenvolvimento será único e só a regulagem será diferente. A série especial que chega às lojas no fim de semana é a Celebration, com vários itens como direção hidráulica, ar-condicionado, vidros elétricos e travas elétricas. O Palio 1.0 com o kit de equipamentos vai custar R$ 28.340, o que representará economia de R$ 2.094 caso os itens fossem adquiridos isoladamente. A outra versão, a 30 anos, tem opcionais como rodas em liga leve e grade dianteira cromada. No Palio 1.0 ELX custará R$ 32.280, uma vantagem de R$ 1,9 mil. As versões terão selo indicativo na carroceria.

Para a campanha publicitária que vai ao ar a partir de domingo, a agência Leo Burnett entrevistou 250 crianças e adolescentes que falaram sobre o que esperam do automóvel daqui para a frente. O mote do filme é Convidando você a pensar o futuro. Sem medo de exagerar, elas falam de carros que voam, que imitam a casa e de veículos menos poluentes. Elas são os consumidores do futuro e serão muito mais exigentes, diz Rui Lindenberg, da Leo Burnett.

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