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Modelos flex fracassaram na França

No ano passado, o grupo Peugeot-Citroën apostou nos motores flex brasileiros e anunciou que venderia modelos Critroën C4 e Peugeot 307 na Europa com essa tecnologia. Mas o investimento não rendeu o que os franceses esperavam.

A crise mundial de alimentos acirrou as críticas aos biocombustíveis e gerou resistência de consumidores e mercado, disse o presidente do grupo, Thierry Peugeot, após encontro com o governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral.

Segundo Peugeot, os postos na França não oferecem a opção de abastecer o carro flex. Resultado: o grupo vendeu seis mil carros com motor brasileiro no Europa, mas quase todos no Norte, como Suécia e Noruega, disse a vice-presidente executiva do grupo, Liliane Lacourt. “Na Europa o biocombustível tem uma má imagem no momento”, explicou.

Ontem, Cabral participou do lançamento do Peugeot 207, o primeiro carro da marca inteiramente produzido no Brasil. O empresário Bernard Alvin, da empresa Coaching, estranhou que a questão da segurança sequer tenha sido mencionada por Cabral e sua equipe num encontro empresarial da Câmara de Comércio e Indústria de Paris.

“Quando estive no Rio pela primeira vez em 2007, para encontrar clientes, um deles, o grupo Total, me passou uma lista de segurança, com tudo: como reagir em caso de assalto. Parecia que eu estava indo para uma guerra”, disse.

Aos repórteres, Cabral respondeu: “vamos enfrentar os problemas, mas o fato é que estamos em um ciclo positivo de prosperidade, de crescimento. No nosso governo, a gente não põe os problemas para debaixo do tapete”. (Deborah Berlinck)

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