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Moçambique aprova projeto de produção de etanol

O Governo moçambicano aprovou um importante projecto de produção de etanol, no quadro do qual 18 mil hectares de cana-de-açúcar serão plantados em Dombe, na província central de Manica. O projecto, dum custo estimado em 280 milhões de dólares americanos, será executado pela empresa “Mozambique Principle Energy”.

Embora o porta-voz do Governo, o vice-ministro da Educação, Luís Convane, tenha declarado à imprensa que a empresa pertencia a interesses moçambicanos e maurícios, a sua empresa mãe, Principal Capital, está registada em Londres e tem gabinetes em Genebra, na Suíça, e na Cidade do Cabo, na África do Sul.

O objectivo da empresa é produzir 213 milhões de litros de etanol por ano, a partir de 2013, e para tal ela deverá atingir uma produção de dois milhões e 500 mil toneladas de cana-de-açúcar por ano (12 mil toneladas por hectare).

O projecto compreende igualmente a produção de 82,5 megawatts de energia, a partir de 2012, dos quais 20 por cento serão utilizados pela companhia, enquanto o resto será posto à disposição da rede nacional.

O projecto deverá criar dois mil e 650 empregos. A empresa vai igualmente construir um ponte sobre o rio Lucite e infraestruturas sociais em benefício das popualações locais.

Covane explicou, que após a aprovação deste projecto, o Governo teve em consideração a água, porque as plantações de cana-de-açúcar necessitam de água e o rio Lucite será a fonte de abastecimento.

O Governo espera que este projecto contribua para o Tesouro Nacional, com o pagamento de cerca de 57 milhões de taxas em 2011, que deverá aumentar para 119 milhões até 2012 e para 114 milhões de dólares americanos no ano seguinte.

A Principle Capital anunciou o lançamento da Principle Energy em Dezembro de 2007, ao revelar que obteve o financiamento da primeira fase do projecto de Dombe.

Revelou já ter reunido cerca de 70 milhões de dólares americanos em capitais próprios e deverá angariar 90 outros milhões de dólares americanos em acções, eventualmente através duma oferta pública de acções. O resto do dinheiro seria financiado por empréstimos bancários.

A empresa anunciou igualmente que, graças à qualidade do solo, ao clima de Manica e à irrigação a produção de cana-de-açúcar em Dombe deveria ser 50 por cento superior à média no Brasil, primeiro produtur mundial de etanol com base na cana-de-açucar.

No ano passado, O Governo aprovou um outro projecto de produção de etanol, denominado PROCANA, que envolve a plantação de 30 mil hectares de cana-de-açúcar no distrito de Massingir, no vale de Limpopo, no sul do país.

Neste projecto, o investidor estrangeiro é a “Central African Mining and Exploration Company (CAMEC)”, sediada em Londres, conhecida pela sua exploração de cobre e coblato na República Democrática do Congo.

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, lançou a primeira pedra para a construção da fábrica de produção de etanol do PROCANA em Dezembro passado.

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