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Moagem: “devagar quase parando”

Até 15 de abril, a moagem de cana-de-açúcar pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do País, totalizou 4,74 milhões de toneladas, recuo de 32,23% em relação ao valor observado em idêntico período na safra 2011/2012 (6,99 milhões de toneladas).

Segundo boletim da Unica, até esta data, 15 de abril, 70 unidades produtoras encontravam-se em operação na região, ante 113 registradas neste mesmo período no ano anterior. Por sua vez, até 1º de maio, levantamento preliminar indicou que 126 usinas já estavam em safra, contra 212 verificadas em 2011.

O diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues,  diz que o número de unidades em operação e a moagem observada até o momento estão dentro do esperado.

A Unica informa que do total de cana colhida até 15 de abril, 34,43% foi destinada à produção de açúcar e a maior parte, 65,57%, direcionada para a produção de etanol. Com isso, a fabricação de açúcar alcançou 152,08 mil toneladas até a primeira quinzena de abril. A produção de etanol atingiu 180,55 milhões de litros, dos quais 161,87 milhões de litros de etanol hidratado, e 18,68 milhões de litros de etanol anidro.

Para ambos os produtos, observou-se uma retração destas quantidades produzidas quando comparadas a igual período de 2011. Para o açúcar, este recuo foi de 28,95%, enquanto para o etanol totalizou 29,61%.

“Para a segunda quinzena de abril, a expectativa é que as chuvas observadas no final do mês prejudiquem a moagem, já que muitas unidades precisaram interromper a colheita, e promovam uma redução na qualidade da matéria-prima que será colhida nos primeiros 15 dias de maio,” avalia o executivo da Unica.

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Qualidade da cana

A Unica divulga também que a concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de matéria-prima processada atingiu 97,86 kg até 15 de abril. “Contudo, este valor deve ser analisado com cautela. Isso porque o cálculo deste indicador de ATR, designado “ATR produto”, se dá a partir do volume de cana-de-açúcar processada e das produções de etanol e de açúcar, tomando certas premissas relativas às perdas industriais e às eficiências de fermentação e de destilação. Diante desta metodologia de cálculo e considerando que muitas unidades iniciaram esta safra no decorrer desta primeira quinzena de abril, houve um descompasso entre a quantidade de cana registrada e o respectivo montante de produtos fabricados. Especificamente, o volume de cana-de-açúcar que estava em processamento não obteve sua respectiva contrapartida em produtos (etanol e açúcar)”, informa em nota.

Portanto, o baixo valor do “ATR produto” verificado até a primeira quinzena de abril não reflete a realidade. De fato, levantamento feito junto às unidades produtoras sobre o “ATR cana”, mensurado a partir análises laboratoriais de amostras da matéria-prima coletadas no momento de sua entrega na unidade industrial, revela que este, até a mencionada quinzena, era 10% a 15% superior ao valor registrado em idêntico período de 2011.

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