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Moagem de cana registra queda em outubro

Colheita mecânica safra de cana-de-açúcar 21/22

Moagem de cana registra queda em outubro

Na primeira quinzena de outubro a moagem de cana-de-açúcar alcançou 19,69 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 46,77% quando comparada com o mesmo período da safra de 2020/2021 — 36,99 milhões de toneladas. O estado de São Paulo registrou 11,02 milhões (49% a menos) e os demais estados da região Centro-Sul 8,97 milhões de toneladas (-43,65%).

Desde o início do ciclo até 16 de outubro, a moagem acumulou uma queda de 9,56%. Nesse período, a quantidade de cana processada pelas usinas atingiu 487,33 milhões, ante 538,86 milhões na mesma data do último ciclo agrícola.

Em relação ao número de unidades operando, 195 empresas registraram a produção até 16 de outubro. Até o momento, 67 dessas já terminaram a produção no ciclo 2021/2022. O encerramento de mais 83 unidades produtoras está previsto para a 2ª quinzena de outubro. As unidades que encerraram a safra até a 1ª quinzena de outubro, tiveram uma redução de moagem de cana em relação à safra passada de 21,9%.

Produção de açúcar e de etanol

Em decorrência do baixo volume da moagem de cana na quinzena, houve uma queda generalizada na produção dos produtos da cana. A produção de açúcar retraiu em 56,28% nos últimos 15 dias do mês e atingiu 1,15 milhões de toneladas, ante 2,62 milhões de toneladas verificadas em igual período do ano anterior. A produção quinzenal de hidratado, por sua vez, alcançou 647 milhões de litros, registrando queda de 50,68%.

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A respeito do aumento da quantidade de matéria-prima destinada à produção do etanol anidro, cujo percentual foi de 30,1% frente a 20,8% no mesmo período na safra anterior, a fabricação do aditivo, em função da queda na moagem, retraiu em 22,53%, totalizando 590 milhões de litros.

O executivo da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, destaca que “apesar dos preços atrativos do açúcar no mercado externo, as unidades açucareiras deixaram de produzir mais de 1 milhão de toneladas do adoçante como resultado da alteração no seu mix de produção, procurando atender seus compromissos com os contratos de açúcar e, concomitantemente, aumentar a oferta de etanol no mercado interno”.