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Moagem de cana-de-açúcar cresce 6% em Minas

A moagem de cana-de-açúcar em Minas Gerais alcançou 48,6 milhões de toneladas no acumulado da safra até 1º de outubro, volume que ficou 6% superior ao registrado no mesmo período da safra passada.

Com o clima favorável para o avanço do processamento, o índice de conclusão da safra está em 79,8% do total de cana-de-açúcar a ser esmagada.

A expectativa é encerrar o ano safra com produção acima da projeção inicial de 61 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Os dados são da Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais).

De acordo com o presidente da Siamig, Mário Campos, a moagem da safra 2015/16 vai se estender até dezembro, porque ainda existe um volume expressivo de cana-de-açúcar no campo. “O processamento da cana-de-açúcar deve encerrar próximo ao Natal e a tendência é que parte do volume ainda presente no campo seja esmagado no ano que vem.

Nossa ideia é adiantar o início da safra para meados de março. Também é possível que o processamento da cana-de-açúcar supere os 61 milhões de toneladas estimadas para a safra 2015/16, uma vez que as condições climáticas na atual safra foram favoráveis e contribuíram para o ganho em produtividade”, disse Campos.

Até o momento, a produção de açúcar alcançou 2,46 milhões de toneladas, volume que ficou 2,5% menor em relação ao mesmo período do ano passado até 1º de outubro.

A projeção do Siamig é encerrar a safra com produção de 3,1 milhões de toneladas de açúcar. O índice de conclusão está em 79,53%. De acordo com Campos, a desvalorização do real frente ao dólar tem favorecido este mercado. “O dólar valorizado permitiu a recuperação da competitividade do açúcar brasileiro no mercado internacional, o que é muito positivo para o setor que vinha enfrentando perdas em decorrência dos baixos preços pagos pelo produto no mercado internacional”, afirmou.
A produção de etanol total cresceu 9,75% na comparação com o mesmo período da safra passada e já alcançou 2,25 bilhões de litros, representando 77% do total a ser produzido.
Do volume total, 65,7% ou 1,48 bilhão de litros foram de hidratado, o que representou um incremento de 29,13%. A produção mineira deve encerrar a safra com 1,79 bilhão de litros.

O volume de anidro totalizou 771 milhões de litros, queda de 14,82%. No período atual, a estimativa é fabricar 1,13 bilhão de litros de anidro.

Até 1º de outubro, o mix de produção ficou em 59,9% da cana-de-açúcar destinada à produção de etanol contra 40,1% para a produção de açúcar.

A safra mais alcooleira se deve ao mercado mais promissor para o etanol. Em relação à matéria-prima, a qualidade continua inferior à safra passada com queda de 1,6%, totalizando 131,8 quilos por tonelada de cana.

Na comparação quinzenal, o índice de Açúcares Totais Recuperáveis por tonelada de cana-de-açúcar (ATR/TC) alcançou 147,15 quilos, 3,1% inferior aos 151,89 quilos registrados na mesma quinzena da safra passada.
O rendimento da cana para a produção de etanol ficou maior na safra atual. Com uma tonelada de matéria-prima é possível fabricar 46,29 litros de etanol, volume 3,53% superior ao da safra passada, quando o rendimento era de 44,7 litros por tonelada de cana-de-açúcar.

No caso do açúcar o rendimento caiu 8,02%, com a fabricação de 50,63 quilos de açúcar por toneladas de cana, frente aos 55,04 quilos gerados anteriormente.

Fonte: (Diário do Comércio)

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