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Ministro diz que produção recorde e estoques confortáveis devem conter o preço do álcool

Os estoques de álcool combustível estão em patamares “confortáveis” e não devem levar a aumentos expressivos dos preços do produto ao consumidor final. A opinião é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, que esteve reunido hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar das variações de preços que vêm sendo registradas nas bombas desde o final do ano passado.

Na avaliação do ministro, os ajustes de preços nesses período de entressafra são considerados normais, mas não há motivo para altas muito expressivas, já que a oferta e a demanda do produto estão em equilíbrio. “Como qualquer outro produto de origem agrícola, o valor do álcool incorpora os custos de carregamento do estoque e está sujeito aos efeitos da sazonalidade”, afirma o ministro.

Segundo ele, o atual estoque de passagem do produto é de 4,78 bilhões de litros e a previsão é chegar ao início da nova safra com cerca de 500 milhões de litros. “Temos um volume muito confortável para atender o consumo, sem qualquer tensão na regularidade do abastecimento” reforçou, lembrando que o álcool anidro, usado na gasolina tem mantido os preços estáveis, “sem qualquer pressão altista”.

Vale destacar que a produção 2006/07, encerrada em dezembro passado, atingiu a marca histórica de 15,86 bilhões de litros, dos quais 3,01 bilhões de litros seguem para exportação. Além disso, Guedes afirma que está prevista a antecipação da produção de 400 milhões de litros da temporada 2007/08. “Os números mostram que mercado estará plenamente abastecido ao longo do ano”, destacou o ministro.

Além da sazonalidade imposta pela safra da cana-de-açúcar, o ministro destaca que o aumento do preço do produto pode ser atribuído também ao fato de o preço do álcool estar cerca de 52,47% mais barato que o da gasolina (em SP). Há também o fator de aumento da demanda em época de festas de fim de ano e férias escolares, bem como o tráfego maior de transporte rodoviário, devido à crise do setor aéreo.

O ministério menciona ainda a grande frota de veículos bicombustíveis, atualmente de 2,5 milhões de veículos. São esses carros, que, na avaliação de Guedes, podem dar maior equilíbrio para o mercado de combustíveis, já que o consumidor pode escolher a opção mais vantajosa entre álcool e gasolina.

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