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Ministra diz que preços não terão reajuste agora

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, descartou a possibilidade de reajuste nos preços dos combustíveis com base na alta recente observada na cotação do petróleo no mercado internacional.

Dilma endossou a avaliação do presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, que afirmou na última terça-feira cogitar um ajuste nos preços dos combustíveis somente no caso de a cotação do petróleo se estabilizar no patamar entre os US$ 40 e US$ 45 o barril.

“Por hora, não é possível afirmar que aconteceu essa mudança de patamar”, disse a ministra ontem, após participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Segundo Dilma, será necessário esperar as movimentações do mercado, sobretudo do preço do óleo Brent, cuja cotação flutua em torno de US$ 39 a US$ 40 o barril.

Ela enfatizou que o governo está disposto a observar a flutuação dos preços do petróleo, não acompanhando todos os movimentos que aconteçam no mercado externo.

“Não há dentro do governo ou dentro da Petrobras nenhuma evidência de que há necessidade de fazer um realinhamento de preços no curto prazo”, afirmou Dilma.

“Mas caso haja essa mudança de patamar, nós iremos tomar essa medida”, admitiu a ministra, que não quis estabelecer nenhum prazo de acompanhamento de mercado. “Nós não iremos impor ao País um choque de preços se não houver necessidade”, ratificou.

O último aumento na gasolina e óleo diesel pela Petrobras ocorreu em meados de junho, quando o preço do barril oscilou entre US$ 35 e US$ 37.

Na avaliação da ministra, o movimento de alta na cotação do petróleo é essencialmente especulativo, com forte influência de fatores políticos.

Questionada se a decisão da Petrobras em segurar os preços dos combustíveis teria como motivo a proximidade do período eleitoral, a ministra ironizou: “As únicas eleições que podem influenciar o preço do petróleo são as americanas.” Com foco na especulação, a ministra afirmou que o Brasil tem a vantagem de que a Petrobras não foi privatizada.

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