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Minc: expansão dos biocombustíveis não se dará na Amazônia

O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a expansão do cultivo de cana-de-açúcar no Brasil não será feita em territórios da Amazônia e de reservas florestais. O aviso foi dado em coletiva para a imprensa após debate sobre Desenvolvimento econômico e Amazônia em que participou durante o Fórum Social Mundial.

Ele também destacou que o maior parceiro do Brasil para a produção de biocombustíveis com respeito à conservação da biodiversidade é a Alemanha. Isso porque, segundo o ministro, o país tem apoiado a conservação da floresta amazônica, por meio do projeto Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), que tem por objetivo a implantação de parques. O ministro também diz que se comprometeu com as autoridades alemãs, desde sua chegada ao Ministério garantindo que o avanço do etanol brasileiro não se daria na Amazônia, no Pantanal e em reservas nativas.

Minc alertou para o fato de que o presidente Lula anunciará o plano de expansão da cana em fevereiro, contendo todos os compromissos antes por ele mencionados. Também destacou que o governo irá elaborar a lei contra as queimadas, um dos fatores responsáveis pelo aumento do aquecimento global. “Além disso, esse processo destrói biomassa, já que a palha pode ser utilizada para a produção de energia renovável”, acrescentou.

Com isso, o ministro concluiu sua fala, prometendo que o etanol brasileiro será “cem por cento verde” e não entrará um hectare de produção de alimento em reserva florestal.

Outro projeto de sua pasta prevê que o vinhoto não seja mais lançado nos rios e passe a ser convertido em biogás e biofertilizantes. “A expansão do etanol e do biocombustível serão grandes contribuições do Brasil na luta contra o aquecimento global. Você usa energia renovável, cria emprego, inclusive em cooperativas e, assim, faz um combustível que é muito menos poluído que o diesel”, afirmou.

Rio Madeira

Quanto ao programa do governo federal de expandir a capacidade hidrelétrica nacional, Minc nada disse. Tampouco comentou o que pensa sobre a construção das hidrelétricas no Rio Madeira, projeto polêmico por recentes licenças do IBAMA para sua realização se contraporem a estudos de impactos ambientais de técnicos. Antes de partir da UFRA, onde participou das atividades do FSM, o ministro recebeu uma cópia do Manifesto contra o complexo hidrelétrico do Rio Madeira e disse que leria seu conteúdo.

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