A safra de cana-de-açúcar de 2022/23 em Minas Gerais encerrou com aproximadamente 68 milhões de toneladas moídas, um volume 6% acima do registrado na temporada anterior.
A produção de etanol atingiu 2,88 bilhões de litros, sendo 1,65 bilhões de litros de hidratado e 1,22 bilhões de litros de etanol anidro.
A fabricação de açúcar alcançou 4,58 milhões de toneladas, 10% acima do mesmo período do ano passado.
Os dados da produção mineira foram divulgados pela SIAMIG (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais) cujo presidente Mário Campos, em recente evento, demonstrou otimismo em relação aos números que poderão ser apresentados pelo setor ao longo deste novo ano.
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“Vejo com bons olhos o cenário que vem se desenhando para o setor bioenergético em 2023. Temos uma safra bastante açucareira vindo por aí e esperamos, é claro, que tenhamos chuvas adequadas dentro deste verão. Não digo um novo recorde, mas quem sabe conseguimos atingir a marca de 600 mil toneladas de cana ao longo do ano”, disse.
Ele comenta ainda o atual cenário do país. “É claro que essa troca de posições políticas causa incertezas em todos nós, porém é dever das entidades de classe reduzir esse sentimento para que o setor possa continuar a se desenvolvendo. Prova disso é o artigo 225 que conseguimos implantar na constituição”, destacou Campos na ocasião. O referido artigo, expressa ser uma obrigação do Estado fornecer um diferencial tributário entre biocombustíveis e combustíveis fósseis.
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O presidente da SIAMIG destacou o protagonismo que o setor bioenergético do país pode assumir na questão da mobilidade urbana. “Acreditamos que nenhum tipo de novo governo irá ignorar a potência brasileira com relação a nossa capacidade de fornecer biocombustíveis para o mundo. Estamos trabalhando em novas alternativas de baixa emissão de carbono. O veículo híbrido-flex por exemplo já está revolucionando o mercado do etanol e nós fazemos no Brasil. Há muita coisa boa por vir”, vislumbra Campos.