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MG deve moer 6% a mais mas produtividade será menor

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Em sua estimativa de safra, o Estado de Minas Gerais por meio da Siamig, divulgou previsão de moagem superior em 6,2% ao volume da safra passada. Dessa forma, a safra 2012/13 de Minas Gerais deverá chegar a 53 milhões de toneladas, contra as 49,8 milhões de toneladas da safra anterior. 

A produção de açúcar estimada é de 3,6 milhões de toneladas, 12,6% ao volume da safra passada e a produção de etanol deverá ser de 2,2 bilhões de litros ou 3,6% acima dos 2,08 bilhões do último período, segundo dados da Siamig.

Mas apesar do aumento de produção, segundo o presidente da Siamig, Luiz Custódio Cotta Martins, o setor enfrenta mais um ano de seca, o que prejudicou o crescimento do canavial e deverá comprometer severamente a produtividade. De acordo com levantamento de campo, a produtividade do canavial reduzirá para 68 toneladas de cana por hectare, abaixo das 69 tc/ha da safra passada. “O aumento da produção de cana se dá em função de uma maior renovação dos canaviais, mesmo diante da dificuldade em contrair financiamento junto ao BNDES para esse procedimento. Desde 2008, com a crise financeira, a usinas reduziram a renovação do canavial e, até o momento, não conseguiram contrair a linha de financiamento Prorenova, lançada em janeiro pelo BNDES, diante das inúmeras exigências feitas”.

A falta de recursos provocou uma menor renovação dos canaviais. Este ano, dos 890 mil hectares de cana no estado, haveria necessidade de renovar 200 mil hectares a um custo de R$ 900 milhões, mas devido à escassez de recursos a estimativa é da renovação de 100 mil hectares ou R$ 450 milhões.

O Siamig prevê que a produção de açúcar terá um incremento maior em função da plena atividade de quatro novas fábricas no estado. A produção de etanol terá um pequeno acréscimo devido ao aumento da quantidade de cana-de-açúcar na safra.

A entidade estima que os preços do etanol hidratado deverão se manter estáveis e pouco competitivos frente ao combustível fóssil, a gasolina. “Os custos do setor dobraram nos últimos quatro anos, enquanto o preço da gasolina se mantém inalterado há cinco anos. A alíquota do ICMS tem reduzido no estado, atualmente está em 19%, porém, não o suficiente ainda para concorrer com o preço congelado da gasolina”, diz em nota a entidade.

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