Metade do álcool comercializado nos postos de São Paulo sofreu algum tipo de adulteração ou sonegação, segundo estimativa do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes).
Para a ANP (Agência Nacional do Petróleo), dados até setembro de 2005 mostravam que São Paulo acumulava cerca de 30% das autuações por irregularidades em postos de todo o país.
No entanto o Sindicom aponta que o Estado respondeu de forma rápida à intensificação da fiscalização contra fraudadores. O sindicato registrou aumento de 54% nas vendas de álcool em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No primeiro mês do ano, foram comercializados 88,8 milhões de litros de álcool hidratado, contra 57,7 milhões em janeiro de 2005. Para o sindicato, o aumento das vendas tem relação direta com a legalização do mercado de álcool.
Em janeiro, a ANP determinou a introdução de um corante laranja no álcool anidro (misturado à gasolina) e intensificou a fiscalização nos postos como forma de coibir fraudes.
O corante tem por objetivo inibir a comercialização do “álcool molhado”, modalidade de fraude que consiste na adição, pelas distribuidoras, de água acima do índice permitido.