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Meta de corte na emissão de CO2 do País chegará a 38%, diz Carlos Minc

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, definiu como “avançada” a proposta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar no sábado sobre a posição brasileira que será levada à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), marcada para o próximo mês, em Copenhague. Segundo ele, a proposta do País será de um esforço voluntário de redução de emissão de gases poluentes de 38% a 42%.

Segundo ele, deste total, 20% deverão resultar da queda do desmatamento na Amazônia e 20%, de ações para preservar o Cerrado e de iniciativas que promovam a eficiência energética e o uso do chamado aço verde – produzido a partir de carvão vegetal do reflorestamento – e de biocombustíveis, entre outros. Minc disse também que o presidente deve anunciar amanhã o menor índice de desmatamento da Amazônia dos últimos 20 anos, apurado no período de doze meses. Segundo o ministro, o índice de desmatamento no! período de doze meses encerrados em julho passado ficou em torno de 4 mil quilômetros quadrados.

Para o ministro, é possível avançar ainda mais na redução do desmatamento na Amazônia, “porque o Brasil tem experiência” para isso. Ele voltou a afirmar que o País deve registrar, em 2009, o menor índice de desmatamento dos últimos 21 anos, mas não deu detalhes sobre esse total. “Números, vocês vão saber da boca do presidente Lula”, disse.

Minc destacou, entretanto, que uma estimativa feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) indica que os números do desmatamento devem passar de 19,5% em 2009 para 9,5% em 2010, 6,5% em 2011 e 3,5% em 2012.

“O que Dilma [Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil] e Lula não queriam, e têm razão, é chegar a um número que não tivesse consistência”, disse, destacando que é preciso estabelecer quanto vai ser cortado em cada setor, como e com quais recursos.

Minc disse que ficou contente depois que setores importantes! da economia brasileira e que temiam os cortes perceberam que vão ganhar com a proposta brasileira. A agricultura, segundo ele, ganha produtividade com a recuperação do solo e com o plantio direto, enquanto o aço verde deve prosperar como uma marca que vai abrir mercados.

Minc afirmou que as propostas a serem levadas a Copenhague não podem ser tratadas como jogo de pôquer. “Há uma grande diferença entre uma negociação internacional do preço do algodão e das mudanças climáticas. Há várias outras fibras no mundo, mas a questão do planeta é diferente porque não há outro planeta”, disse.

O ministro Carlos Minc definiu de “avançada” a proposta que o presidente Lula deve anunciar sábado e que prevê a redução de emissão de gases poluentes de 38% a 42%.

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