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Mesmo com dívidas, empresa Smar garante que empregos estão garantidos

A dívida de R$ 250 milhões em impostos da empresa Smar, de Sertãozinho, que gerou o pedido de prisão preventiva de seis sócios, vem causando preocupação para os funcionários, que temem por demissões. Os seis sócios estão desaparecidos, incluindo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Carlos Roberto Liboni. A empresa, no entanto, garante que a situação já está quase regularizada e que os empregos estão garantidos.

A Smar produz equipamentos para automação industrial e emprega 1,1 mil funcionários. Metade da produção da empresa é exportada, principalmente para os Estados Unidos. Entre os clientes da Smar, estão a Nasa e a Marinha norte-americana. O faturamento da empresa em 2002 chegou a R$ 180 milhões.

Os proprietários da Smar são acusados de sonegação de impostos e apropriação indébita porque não depositaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários. A dívida é calculada em R$ 250 milhoes. Somente com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a dívida pode chegar a R$ 99 milhões.

O gerente de marketing da empresa, Pedro Biondo, disse que a empresa não tinha dinheiro para pagar todas as dívidas de impostos e que, por isso, preferiu saldar compromissos com fornecedores e funcionários. Ele afirmou que foi fechado um acordo com o Ministério Público no fim do ano passado para o parcelamento da dívida. “Nosso problema com o INSS já está resolvido. Só dependemos de algumas pendências judiciais para que o acordo seja assinado”, disse.

O gerente do INSS em Ribeirão Preto, Adriano Dalla Martha, afirmou que a Smar ainda não fechou nenhum acordo com a Justiça para o pagamento da dívida. Ele disse que existe uma proposta da empresa para a penhora de 1% do faturamento. “O valor é pequeno, mas mesmo não sendo o ideal, é alguma garantia”, disse.

Segundo Martha, a dívida da Smar com o INSS não prejudica os funcionários que quiserem se aposentar porque o valor vai ser pago normalmente.

Já no caso do fundo de garantia, o sub-delegado do Trabalho em Ribeirão Preto, Paulo Cristino, disse que o trabalhador acaba sendo prejudicado quando uma empresa não faz o repasse do dinheiro referente ao recolhimento, já que só pode receber o que tem direito se entrar na Justiça. A Receita Federal de Ribeirão Preto também informou que nenhum acordo foi feito com a Smar e que o não pagamento de impostos foi cobrado judicialmente.

Região

A Smar não é a única empresa da região que deve ao INSS. Na região de Campinas, a dívida, entre ações judiciais e administrativas, é de R$ 3,7 bilhões. Na região de Ribeirão Preto, a dívida chega a R$ 1,7 bilhão e, na região Central do Estado de São Paulo, a dívida é de R$ 1,1 bilhão.

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