O governo deverá concluir até julho o zoneamento para a produção e expansão de cana-de-açúcar no Brasil. O objetivo é expandir a cultura sem avançar no bioma amazônico e na região do Pantanal e em áreas com condições inadequadas de clima e solo.
Segundo Cid Caldas, coordenador de açúcar e álcool do Ministério da Agricultura, boa parte dos Estados quer logo uma definição para aprovar os novos projetos de usinas.
Os Estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais são os que mais estão recebendo investimentos para expansão de novas usinas no país. Mas precisam da definição do zoneamento para limitar o plantio em áreas consideradas de risco. O governo decidiu mapear a expansão da cana para evitar acusações de agressão ambiental e reduzir a pressão sobre áreas dedicadas à produção de alimentos. A medida também incluirá uma certificação socioambiental obrigatória de lavouras de cana e de usinas sucroalcooleiras. O prazo para a conclusão deste zoneamento será em julho e não deverá ser prorrogado, disse Caldas.
A expansão da cana ocorrerá basicamente em áreas de sequeiro. Ou seja, regiões que exigem irrigação deverão ser excluídas, afirmou Caldas. Além das regiões do bioma amazônico e pantanal, áreas com clima e solo inadequados à cultura também deverão ser riscadas deste novo mapeamento.