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´Xuxa´ e ´Sharon Stone´ são as musas dos tratoristas

Quebra de máquinas devido a falhas operacionais, manutenção inadequada de veículos, excesso de impurezas vegetal e mineral na cana colhida e ineficiência no cultivo e na aplicação de herbicidas são alguns contratempos enfrentados por departamentos e áreas de motomecanização. Para reduzir – ou mesmo eliminar – as perdas no rendimento e na qualidade dos serviços, diversas usinas estão investindo “pesado” em programas de treinamento, reciclagem e de melhoria da produtividade. A otimização de recursos e operações tem sido um dos principais assuntos das reuniões – realizadas mensalmente – do Grupo de Motomecanização, composto por 48 membros de 37 unidades industriais, dos Estados de São Paulo, Minas e Goiás.

“Para se adaptar ao volume de trabalho sazonal – seis meses concentrados na colheita e outros seis no plantio -, as usinas precisam formar um trabalhador multifuncional”, sugere o gerente da área da Usina São João, de Araras (SP), Humberto César Carrara Neto, escolhido como novo coordenador do Grupo de Motomecanização, em reunião realizada, no mês de setembro, na Usina Santo Ângelo, em Pirajuba (MG). De acordo com ele, esse sistema possibilita que o operador tenha a oportunidade de consertar a própria máquina em que trabalha . “Na entressafra, um grupo de 25 tratoristas chegou a dar apoio para os mecânicos na reforma de máquinas”, exemplifica Luciano Baldin, supervisor de logística da São João.

Envolvimento e comprometimento com o trabalho são palavras-chave na usina. “Cada operador é responsável pelo que acontece na máquina”, diz Luciano. A “ligação” torna-se tão intensa que elas são batizadas por nomes como “Maria”, “Xuxa” e “Sharon Stone”. O conceito de multifuncionalidade vai inspirar uma nova experiência na gestão de pessoal nessa área da usina de Araras. “Tratoristas vão plantar cana na entressafra”, diz Carrara. Para ele, operador de colhedora pode trabalhar, também, com a máquina de cultivo. Dessa forma, além de reaproveitar os próprios funcionários – reduzindo ou evitando demissões -, a São João consegue manter no seu quadro trabalhadores treinados e preparados para desempenhar, com qualidade, as tarefas da motomecanização.

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