A 3ª edição do World Biofuels Markets termina hoje (14) em Bruxelas, com debates sobre investimentos, certificação, novas plantas, desenvolvimento agrícola, escoamento de produção e outros temas que formam o panorama mundial dos biocombustíveis. O evento começou no dia 12 e contou com a participação de seis especialistas brasileiros como palestrantes.
O mercado mundial de etanol foi tema abordado ontem pelo presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Sawaya Jank. Ele questionou a platéia sobre o impacto que a alta do barril de petróleo – que atingiu a marca de US$ 108 – está gerando nos custos dos alimentos.
Jank fez a declaração para contrapor a hipótese de que os biocombustíveis seriam os responsáveis pelo aumento de custos das commodities agrícolas. “Ninguém está questionando o impacto que os 108 dólares por barril de petróleo têm sobre o preço dos alimentos”, disse Jank, mostrando que as energias fósseis carecem de sustentabilidade.
Apresentando o mapa das áreas do planeta onde há plantação de cana-de-açúcar, Jank falou sobre as possibilidades que a produção de etanol pode oferecer em termos econômicos para países em desenvolvimento. Ele comparou a dependência que o mundo tem hoje de cerca de 20 países que produzem petróleo com a capacidade de 100 países produzirem etanol de cana para outros 200.
América Latina
O presidente da Infinity Bio-Energy, Sérgio Thompson-Flores, participou do painel que apresentou os mais recentes avanços em biocombustíveis na América Latina. O moderador foi o presidente da Datagro, Plínio Mário Nastari. O diretor comercial do grupo Agropalma, Marcello Brito, e o presidente da Tecbio, Expedito Parente, também participaram do painel.
Nesta sexta-feira, assuntos referentes a transporte e logística dos biocombustíveis serão discutidos pelo executivo da Transpetro, Charles Siqueira Labrunie. Expedito Parente volta hoje à mesa de palestras para falar sobre os novos mercados para transporte dos combustíveis.