Mercado

Workshop na PB aborda plantas daninhas e técnicas para colheita mecanizada

A Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (STAB/Regional Setentrional) iniciou nesta terça-feira (18/10) o 10º Workshop sobre controle de plantas daninhas no Nordeste. O evento, que no primeiro dia contou com a presença de mais de 100 pessoas também do Rio Grande do Norte, Pernambuco e de Alagoas, teve como destaque a palestra do professor da UNESP – Jaboticabal (SP), Robinson Antônio Pitelli.

Ele apresentou ao público a dinâmica adaptativa das plantas daninhas e a margem de susceptividade dessas plantas ao uso de herbicidas. Além disso, os participantes também tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o uso de colhedoras mecanizadas e o controle de plantas daninhas em áreas de cana crua. Esta última apresentação, realizada pelo doutor Marcelo Nicolai, também tratou da eliminação da queima da cana de açúcar na pré-colheita e dos desafios que a prática da colheita de cana crua determina.

Aberto oficialmente com a formação de Mesa pelo presidente da Asplan, Raimundo Nonato Siqueira; o presidente do Sindicato da Indústria do Álcool e do Açúcar (Sindalcool) Edmundo Barbosa; o presidente da STAB, Djalma Eusébio; presidente do Comitê de Tratos Culturais, Fertilidade e Irrigação da STAB, Jonas Carlos e José Euvaldo Padilha Bezerra, assessor da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Paraíba (SFA-PB).

A programação técnica começou com a explanação do professor da UNESP – Jaboticabal (SP), Robinson Antônio Pitelli que falou sobre a dinâmica adaptativa das plantas daninhas. Finalizando a programação da manhã, o doutor em controle de plantas daninhas Marcelo Nicolai falou do uso eficaz da palha de cana para a inibição da planta daninha. Segundo ele, algumas espécies, como a Mucuna Preta, a Corda de Viola, a Buva, o Amendoim Bravo e a Trapoeraba, emergem nos campos mesmo com o uso da camada de palha.

Ele falou também sobre os benefícios do uso da colhedora mecânica. “Ela colhe 200 toneladas por dia, enquanto o trabalhador colhe 10 toneladas. Além disso, ela melhora a umidade do solo, a reciclagem dos nutrientes e diminui os processos erosivos”, explicou.

A importância desse tema, inclusive, também foi ressaltado pelo presidente da Asplan. “Esse evento assume grande relevância nesse momento para o produtor já que em 2017 ele não vai mais poder queimar sua cana. Então, saber mais sobre a colheita mecanizada, a colheita de cana crua e a proteção mais adequada para evitar a infestação de plantas daninhas, é sem dúvida uma experiência bastante importante para todos nós, que ainda precisamos avançar nesse sentido. No Centro-Sul já existem diversas experiências nesse sentido”, declarou o dirigente.

O ciclo de palestras do primeiro dia foi encerrado com a apresentação Luis César Pio, representante da Herbicat. Na oportunidade, ele falou das evoluções tecnológicas na aplicação de defensivos agrícolas, em especial em áreas inclinadas, onde o produto não é absorvido com homogeneidade. Ele também destacou a importância de equipamentos eletrônicos como GPS no controle dos campos. “Quero fazer uma provocação. Será que não é a hora que investir mais em eletrônica para modernizar os campos? Vamos pensar um pouco nisso”, observou. Para concluir os trabalhos do primeiro dia do evento, uma mesa redonda com diversos participantes donos de usinas da Paraíba e Pernambuco foi realizada com o propósito de discorrer sobre a escassez de mão de obra, legislação e redução de custos.