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Votação do Código Florestal deve acontecer nesta terça, diz liderança

Depois do adiamento da votação na semana passada, em função da falta de consenso entre governo e parlamentares em alguns pontos da proposta do deputado Aldo Rebelo, foi marcada para esta terça-feira a nova votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados. Para a liderança do setor agrícola, o período para análise e reflexão do texto já foi suficiente.

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, lembra que os produtores rurais de todo o Brasil não podem aceitar mais o adiamento dessa decisão e confiam que deputados e senadores estão prontos e preparados para decidir de acordo com os interesses do País, pois o Parlamento é a melhor e definitiva instância de decisão.

Para ela, as novas regras do Código não alteram essa extensão de preservação, apenas poupa os produtores de destruir os atuais campos de produção de alimentos para neles tentarem reconstituir florestas, sem provas de que isso seja possível, nem dos seus efetivos benefícios ambientais.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (ASPLAN-PB), Raimundo Nonato, que acompanhou a reunião na semana passada, também defende a votação imediata, apesar de acreditar que o adiamento da votação não deve prejudicar o processo. “Entendemos que essa adiamento não vai comprometer a votação já que alguns parlamentares ainda tinham dúvidas sobre o texto”, afirma ele.

Para o líder, é importante que os parlamentares atentem e votem de acordo com o substitutivo do PL 1876/99 que, entre outras determinações, “respeita as áreas consolidadas”, além disso, os brasileiros precisam saber que a reforma do Código não implica em aumento do desmatamento, por exemplo, como estão dizendo alguns pseudo-ambientalistas. “Ela vai ser benéfica para o Brasil e não apenas para a classe produtora, pois ela vai interferir, para melhor, por exemplo, na produção de alimentos no país”, diz.

Segundo dados divulgados pela CNA, o país tem ao todo uma extensão de 851 milhões de hectares, dos quais 519 milhões de hectares estão inteiramente preservados com sua cobertura vegetal original e apenas 236 milhões de hectares, o equivalente a 27,7%, estão ocupados com produção agropecuária.