As vendas de combustíveis devem crescer 1,54% em 2005 e atingir 79 bilhões de litros, segundo dados divulgados hoje pelo Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes).
Apesar do crescimento, o ritmo de expansão será menor do que no ano passado, quando as vendas haviam crescido 4%.
Segundo o presidente do sindicato, João Pedro Gouvêa Vieira Filho, o aumento do preço do petróleo e o cenário econômico impediram um avanço mais expressivo das vendas. “A renda não cresceu no mesmo ritmo que o preço”, afirmou. E acrescentou: “Com o clima político e a paralisia que tomou conta do Congresso não atingimos o desempenho esperado.”
O faturamento do setor deve somar R$ 151 bilhões. Em 2004, o faturamento havia sido de R$ 132,4 bilhões.
O Sindicom prevê que a expansão das vendas continue em ritmo lento em 2006. “Entendemos que o crescimento do consumo no próximo ano deve repetir o desempenho de 2005 por conta do preço e do comportamento da economia”, afirmou Vieira.
O volume total de gasolina comercializada cresceu 1,6% e chegou a 23,5 bilhões de litros. A gasolina representa 29,9% das vendas. Já o óleo diesel foi prejudicado pelo fraco comportamento da economia este ano, com problemas na produção agrícola. A expansão das vendas foi de 0,6% e o volume total chegou a 39,4 bilhões de litros. O diesel representa 49,9% das vendas. As vendas de GNV cresceram 20,3% em volume e as de álcool, em 2,3%.
O Sindicom destaca as iniciativas de repressão às fraudes, como a Lei de Cassação de Inscrição Estadual de São Paulo, uma iniciativa replicada em mais nove Estados, a redução de quotas de solventes pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) e a cassação da inscrição estadual e do registro de empresas pelo governo de São Paulo (59) e pela ANP (62). O sindicato destaca que algumas empresas cassadas estão tentando retomar as atividades por meio de liminares em Estados como Santa Catarina e Paraná.