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Vendas de carros flexfuel continuam firmes em julho; Nedo quer álcool brasileiro

As vendas de carros flexfuel voltaram a subir no mês de julho, alcançando uma participação de 58,9% das vendas totais de veículos no Brasil. Em julho, as vendas dos veículos flexfuel alcançaram 78,248 mil unidades, um crescimento de 154% sobre o mesmo mês de 2004 (de 30,804 mil unidades), segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No mês passado, a participação de flexfuel era de 51,9%.

Nos primeiros sete meses do ano, as vendas de flexfuel totalizaram 381,168 mil unidades, um aumento de 152,6% sobre janeiro a julho de 2004.

Com vendas decrescentes mês a mês, os veículos movidos a álcool estão perdendo participação. No mês passado, as vendas foram de 1,350 mil unidades, 64,6% a menos que o mesmo mês de 2004, segundo a Anfavea. No acumulado do ano, as vendas foram de 18,561 unidades, 23,3% abaixo do mesmo período do ano passado. A participação dos carros movidos à gasolina foi de 35,6% em julho, com 47,355 mil veículos negociados.

No ano passado, as vendas de carros flexfuel somaram 379,328 mil unidades. Em 2003, os volumes atingiram 84,558 mil unidades.

Estudos do Ministério da Agricultura projetam que a participação de automóveis flexfuel para este ano deverá ficar em 50% em média. Entre 2006 e 2007, a participação dos flex fuel deverão se manter nos mesmos patamares de 2005. Mas entre 2008 e 2008 terá um salto para 60% da fatia total dos carros negociados no país. Entre 2009 e 2013 a participação deverá atingir 65%, com um total de 1,17 milhão de veículos negociados por ano.

A demanda por álcool no mercado interno deverá crescer nos próximos anos com o maior mercado para flexfuel. No mercado internacional, os japoneses continuam reafirmando o interesse no álcool do país. Ontem, representantes da empresa japonesa Nedo, controlada pelo governo daquele país, estiveram com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para discutir o programa de álcool.

A estatal quer que o governo brasileiro ofereça garantias de abastecimento para o Japão. A expectativa é de que o Japão misture 3% de álcool na gasolina, o que deve gerar uma demanda de 1,8 bilhão de litros.

O Japão já importa álcool para indústrias de bebidas e químicas. No ano passado, os japoneses importaram 350 milhões de litros do Brasil.