As exportações brasileiras para o Iraque se recuperaram no primeiro semestre, chegando a US$ 33,8 milhões, diante dos US$ 2,6 milhões exportados no primeiro semestre de 2005. Segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Iraque, Jalal Chaya, o crescimento se deve à posse do novo governo iraquiano e a uma maior estabilidade no país. Os produtos mais exportados são carne bovina e açúcar, mas os brasileiros diversificam a pauta de vendas e estão de olho na área do Curdistão, no norte do país. Com a nova Constituição, o Curdistão tem um orçamento próprio e uma delegação da região veio ao Brasil para negociar a importação de máquinas agrícolas e ônibus, diz Chaya.
O presidente da Câmara está otimista e acredita que, dentro de dois a três anos, o Brasil possa recuperar o nível de intercâmbio comercial que mantinha com o Iraque nos anos 80, quando as exportações chegavam a US$ 630 milhões por ano.
As exportações do Brasil para os países árabes em geral (excluindo o Iraque) também registraram grande crescimento.
No primeiro semestre de 2006, as exportações atingiram US$ 2,6 bilhões, aumento de 21,77%.
O crescimento é oito pontos porcentuais acima da média de aumento do total das exportações brasileiras, que tiveram alta de 13,46% no mesmo período.
Os árabes são grandes compradores de açúcar e carnes.
Além disso, no primeiro semestre deste ano, eles deixaram o 10.º lugar para ocupar a segunda colocação entre os maiores compradores de aeronaves do Brasil, por causa de aquisições da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.
Outro destaque é o setor de moda, cujas exportações cresceram 42% no primeiro semestre de 2005, na comparação com o mesmo período em 2005.
Os países do Golfo e o Líbano são os principais compradores .
As importações de produtos árabes também crescem acima da média. No primeiro semestre de 2006, o Brasil importou do mundo US$ 41,35 bilhões, 21,55% a mais do que no primeiro semestre de 2005. As importações de países árabes, por sua vez, aumentaram 39,5%, atingindo US$ 2,8 bilhões. Por causa das importações de petróleo, o Brasil ainda mantém déficit comercial (de US$ 200 milhões no primeiro semestre) com os árabes.