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Veja dicas para melhorar a produtividade da cana-de-açúcar

As regiões canavieiras do Nordeste tendem a sofrer com mais seca diante o El Niño
As regiões canavieiras do Nordeste tendem a sofrer com mais seca diante o El Niño

Quase 200 técnicos de usinas de cana-de-açúcar comparecem ao evento na Embrapa Agropecuária Oeste intitulado “2º Seminário: Tratos Culturais – Soqueiras em Cana-de-Açúcar”, em 2 de junho. O seminário, realizado pela Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul) e Embrapa Agropecuária Oeste.

Uma das demandas do setor, especificamente para este ano, foi a situação do tempo e do clima para 2016 em Mato Grosso do Sul. A intensidade e quantidade de chuva desde novembro de 2015 tem deixado o setor produtivo da cana-de-açúcar apreensivo.

Com informações compiladas de previsões do tempo, a partir de dados de diversos institutos nacionais e internacionais que realizam previsão do tempo, o pesquisador Claudio Lazzarotto apresentou as probabilidades de junho a outubro de 2016.

Segundo Lazzarotto, o fenômeno El Niño está terminando e disse que o volume e a distribuição de chuvas como ocorreu não é o normal dentro das estatísticas ao longo do ano e não deve causar preocupação. “Este ano, as previsões acertaram em cheio de janeiro a maio. Se continuarem assim, o que os institutos estão prevendo é que tenha pouca chuva de junho a outubro”, disse. O que animou Trevelin: “Não precisamos de mais chuva”.

As geadas costumam ser um problema nos meses de maio, junho e julho, períodos de maior risco de ocorrência do fenômeno, e por isso também preocupam os técnicos das usinas. Mas, de acordo com as previsões pesquisadas por Lazzarotto, não existe probabilidade para este ano. “Mas se ocorrer será em um período em que a cana já estará mais alta, não tendo problema”.

Já o pesquisador Cesar José da Silva, da Embrapa Agropecuária Oeste, falou sobre recolhimento da palha X escarificação de Soqueiras. Na pesquisa, estão sendo comparados o sistema convencional de plantio, o sistema duplo convencional de plantio e o sistema plantio direto. Os experimentos estão em duas fazendas de Mato Grosso do Sul: Fazenda São Marcos (iniciado na safra 2011/12) e Fazenda Caçula (iniciado na safra 2012/13).

Com os resultados parciais de pesquisa em renovação de canavial, a sugestão do pesquisador é deixar pelo menos metade da palha residual sobre o solo; fazer a escarificação das soqueiras para maior produção e longevidade dos canaviais – avaliar cada talhão de acordo com as características locais.

“Em situações onde não há limitação química ou física, sugere-se avaliar a adoção do Sistema Plantio Direto para as culturas de renovação e cana em sucessão”, disse, lembrando que ainda não são recomendações, porque as pesquisas ainda estão em andamento e precisam fechar o ciclo completo da cana para obterem resultados finalísticos.