O governo federal não deverá atender ao pleito apresentado pelos usineiros para mudança na mistura da gasolina. Segundo informação dada ontem pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, o governo pretende estudar com cautela essa questão. Os usineiros esperam que a mistura de álcool anidro na gasolina seja elevada em cinco pontos percentuais para eliminar o risco de os estoques do combustível subirem para níveis elevados, o que poderia onerar os custos da agroindútria sucroalcooleira. Desde 1 de março que o percentual de álcool anidro na gasolina está em 20%.
A alta dos preços do álcool hidratado na ocasião, para níveis acima do combinado, levou o governo a reduzir o percentual do anidro na gasolina. Com o consumo interno em queda e a redução das exportações de etanol, os usineiros começam a se preocupar com o custo da formação dos estoques em níveis acima do necessário.
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Guedes informou que os usineiros se reuniram ontem com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, quando apresentaram estudo sobre o desempenho do setor: dados de produção e exportação. Segundo o ministro, os usineiros querem que mudança já para novembro. Para o ministro, a decisão de aumentar o percentual é de responsabilidade do Conselho Interministerial do Açúcar e Álcool (Cima), que envolve os ministérios da Indústria e Comércio, Fazenda, Minas Energia e da Agricultura.
