Mercado

Usineiros criticam projeto

O projeto ambiental lançado pelo governador de São Paulo, José Serra, não chegou a sensibilizar produtores agrícolas. Embora grande parte dos programas anunciados segunda-feira afete diretamente o setor sucroalcooleiro, por antecipar para 2012 o fim das queimadas da cana (a lei estadual prevê o término da prática em 2031), os usineiros não viram sentido prático nas medidas de Serra.

“O governador de São Paulo deveria fazer um grande encontro com as lideranças do setor, por meio da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), para definir um plano viável e um prazo exeqüível para que se possa alcançar os objetivos”, disse o empresário Maurílio Biagi Filho, da Maubisa.

Segundo Serra, as lavouras paulistas de cana alcançam neste ano 4,2 milhões de hectares de cana, o equivalente a mais de 60% dos canaviais do País. Conforme o governador, em pelo menos 60% dos canaviais paulistas, ou seja, mais de 2,5 milhões de hectares, as colheitas serão realizadas mediante as queimadas da palha.

Usinas como a São Martinho, de Pradópolis, Santo Antônio e São Francisco, de Sertãozinho, são alguns dos exemplos de unidades com mecanização da colheita próxima de 100%.