“O Ministério da Agricultura acabou”, sentenciou o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, que divulgou um vídeo condenando a divisão da pasta pelo atual governo.
“Antes mesmo do ministro Carlos Fávaro ser indicado como ministro, sempre nos preocupamos com a divisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, onde tudo se gera na política agrícola do país, e onde temos o abastecimento da segurança alimentar. Nós tínhamos encaminhado essa documentação ao vice-presidente (a entidade enviou para o vice-presidente Geraldo Alckmin um ofício solicitando a reconsideração da proposta) com a preocupação do fortalecimento e não da desestruturação do Mapa“, explicou o dirigente.
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“Infelizmentre verificamos que agora, que o Ministério não tem mais a gestão do Abastecimento, não tem um aspecto de desenvolvimento da política agrícola e dos investimentos que precisam ser feitos. Tanto no trabalho efetivo da compensação da sustentabilidade da pecuária, no aspecto de pastagem, floresta e agricultura, como no trabalho que a gente estava fazendo de resgate das áreas desestruturadas da nossa agricultura e da nossa pecuária”, disse Meirelles.
Para o vice da Faesp, a migração de segmentos como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Programa de Regularização Ambiental (PRA) para outras pastas, enfraquece a atuação do Ministério. “O CAR e o PRA e foi para o Meio Ambiente, a Agricultura Familiar, foi para o Desenvolvimento Agrário, assim como o aspecto do abastecimento agrícola, então sem dúvida nenhuma, o ministério da Agricultura acabou”, argumenta Meirelles.
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Na avaliação do dirigente, embora o atual Ministro da Agricultura, tenha experiência agrícola e parlamentar, terá pouca margem para agir, comprometendo inclusive a implantação do Código Floestal. “Ele vai estar amarrado.Por exemplo, com o CAR e PRA, agora no Meio Ambiente, vai comprometer a implantação do Código Florestal. Nós teremos uma grande dificuldade com o ministério do jeito que foi montado. Eles desestruturam a Agricultura do país.”, afirmou o dirigente com preocupação.
