O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras nos primeiros quinze dias de agosto deste ano somou 1,20 bilhão de litros, com retração de 18,08% no comparativo com igual período de 2019 (1,47 bilhão de litros).
Desse total, 66,65 milhões de litros foram destinados para o mercado externo e 1,14 bilhão de litros foram vendidos domesticamente.
No mercado interno, as vendas de etanol hidratado alcançaram 757,69 milhões de litros na primeira metade de agosto, com redução de 21,59% sobre o montante apurado no mesmo período da última safra (966,28 milhões de litros).
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A quantidade comercializada de etanol anidro, por sua vez, chegou a 379,76 milhões de litros em 2020 contra 396,21 milhões de litros em 2019.
Já a venda de álcool não carburante registrou o menor volume quinzenal desde o início da safra. Nos primeiros quinze dias de agosto, o volume comercializado atingiu 49,71 milhões de litros – crescimento de 10,19% sobre a mesma quinzena de 2019.
No acumulado do atual ciclo, o volume soma 529,92 milhões de litros, indicando um incremento de 50,83% ao registrado em igual período da última safra.
Apesar da melhora, no acumulado desde o início da safra 2020/2021 até 16 de agosto, as vendas de etanol pelas empresas do Centro-Sul acumulam retração de 18,98%, somando 10,26 bilhões de litros. Desse total, 865,37 milhões de litros foram destinados à exportação e 9,39 bilhões ao mercado interno.
“O setor ainda sente o forte efeito da retração na demanda causada pela pandemia. Estamos distantes do que era considerado normal, por isso reforçamos a importância mantermos a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para o etanol estrangeiro que entra no Brasil. O país é autossuficiente em biocombustível e o livre comércio precisaria vir acompanhado de uma abertura para dos EUA para o açúcar nosso”, analisa o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues.