No mês de setembro, as unidades produtoras do Centro-Sul comercializaram um total de 2,46 bilhões de litros de etanol, registrando retração de 15,02% em relação ao mesmo período da safra 2020/2021.
Do total comercializado no período, 194,45 milhões de litros foram destinados para o mercado externo e 2,26 bilhões de litros vendidos domesticamente.
No mercado interno, as vendas de etanol hidratado alcançaram 1,31 bilhão de litros, o que representa uma redução expressiva de 25,32% sobre o montante apurado no mesmo período da última safra (1,75 bilhão de litros). A quantidade comercializada de etanol anidro, por sua vez, apresentou aumento de 19,81%, com 954,2 milhões de litros vendidos em 2021 contra 796,45 milhões de litros em 2020.
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Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA, explica que “o ajuste por meio dos preços deve equilibrar o mercado, adequando a demanda as condições de oferta mais limitada do etanol hidratado nessa safra. Por outro lado, os produtores estão priorizando a fabricação de etanol anidro, garantindo o pleno abastecimento da demanda mandatória associada à mistura do biocombustível na gasolina”.
O executivo adiciona que “a redução nas saídas de etanol hidratado carburante no mês de setembro está em linha com a demanda apresentada pelas distribuidoras na reunião da mesa de abastecimento. A safra da região Norte-Nordeste, que a pouco se iniciou, já contribui para redução da cabotagem e transferências da região Centro-Sul”.
Desde o início da safra até o final de setembro, o volume acumulado de etanol comercializado pelas empresas do Centro-Sul se equiparou ao mesmo volume vendido em igual período do ciclo anterior: cerca de 14,75 bilhões de litros. Desse total, 929,06 milhões de litros foram destinados à exportação (queda de 35,66%) e 13,82 bilhões ao mercado interno (aumento de 3,87%). Do total comercializado domesticamente, o etanol anidro representou 5,15 bilhões de litros (aumento de 25,07%) e o etanol hidratado corresponde a 8,67 bilhões de litros (queda de 5,62%).
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“Apesar da retomada no consumo de combustíveis e da quebra histórica na safra canavieira, estamos em uma condição de equilíbrio entre a oferta e a demanda por etanol. A antecipação do cenário observado garantiu o correto funcionamento do mercado, com redução de demanda por hidratado e estímulos à fabricação de etanol anidro”, explicou Rodrigues.