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Usina mais eficiente terá receita 33% maior com venda de CBios

Usina mais eficiente terá receita 33% maior com venda de CBios

A usina de cana-de-açúcar mais eficiente terá receita financeira 33% maior com a venda de Certificados de Biocombustíveis, os CBIOs.

Previstos para entrar em vigor em 2020, com a implantação da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, os certificados de biocombustíveis serão comercializados para distribuidoras de combustíveis, e também no mercado de ações por meio da B3 (Bolsa), pelas usinas de cana-de-açúcar devidamente cadastradas.

O CBIO remunera a usina cadastrada no RenovaBio por conta da redução de emissões de gases poluentes pelo etanol. Ocorre que a receita a ser extraída pelas usinas com os CBIOs dependerá da eficiência da unidade produtora, além de todo o ciclo de vida do etanol.

Ou seja: quanto mais eficiente, mais ganhos a usina terá com CBIOs.

Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), divulgou em recente evento de lançamento da safra na Paraíba, destacou como fica os ganhos com CBIOs.

Padua usou como exemplo uma unidade com moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra e que comercialize 100 milhões de litros. O conteúdo energético por litro produzido é de 21,8 megajoules de CO2 (gás carbônico) equivalente.

A moagem de cana, a venda de etanol e o conteúdo energético é o mesmo, mas uma planta sucroenergética com elevada eficiência terá condições de ampliar a receita em CBIOs 33% acima da planta menos eficiente.

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Ou seja, a planta mais eficiente poderá emitir um CBIO com 685 litros, gerando 146 mil CBIOs. Já a planta com baixa eficiência emitirá um CBIO a cada 907 litros, totalizando 110 mil CBIOs. A diferença no volume de certificados entre uma e outra é de 33%.

A emissão de CBIOs está em fase de implementação entre os agentes públicos e da iniciativa privada atuantes na gestão do RenovaBio. As notas de elevada ou baixa eficiência partirão de empresas operadoras a serem cadastradas no Programa.

Diferença de ganho entre usina mais e menos eficiente:

Clique aqui e acesse em ppt slides da palestra de Antonio Padua Rodrigues, da Unica.