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Usina do setor recebe a primeira ligação de rede de gás natural

Nova rede de distribuição já abastece caminhões da companhia  

Usina do setor recebe a primeira ligação de rede de gás natural

A Santa Cruz, unidade da São Martinho, localizada em Américo Brasiliense (SP), é a primeira usina de açúcar e etanol do Brasil a ser interligada à rede de distribuição de gás natural. A ligação, realizada pela GasBrasiliano, ocorreu ontem (11).

“Esse é um marco histórico no setor sucroenergético e na indústria do gás. Estamos muito felizes com este importante passo que comprova a viabilidade, a eficiência e a economia do gás natural em veículos pesados”, afirma o diretor presidente da GasBrasiliano, Alex Sandro Gasparetto.

O projeto contou com investimento de aproximadamente R$ 500 mil, que incluiu uma travessia de rodovia para construção de 300 metros de rede em aço instalada sob a SP 255. O abastecimento dos veículos na Santa Cruz será feito em local específico para o gás natural veicular (GNV), com estrutura e equipamentos de compressão e dispenser de abastecimento instalados pela usina.

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Inicialmente serão abastecidos três caminhões, sendo dois Mercedes-Benz Axor 440 com a tecnologia diesel-gás e uma Scania R410 com motor 100% GNV. A previsão de consumo é de aproximadamente 12 mil m³/mês de gás natural, que substituirão cerca de 12 mil litros de diesel. A tarifa do GNV Frotas, que será a praticada com a ligação da Santa Cruz, também será mais vantajosa em comparação com o custo do diesel.

Projeto contou com investimento de aproximadamente R$ 500 mil

“É parte de nossa rotina buscar a inovação em nossos processos produtivos de maneira sustentável. A possibilidade da utilização do GNV em nossos caminhões está alinhada com nossa estratégia de estar atentos a alternativas sustentáveis no campo, permitindo à Companhia avaliar alternativas mais limpas com combustíveis renováveis nos próximos anos”, observa Walter Maccheroni, gestor de inovação da São Martinho.

As negociações para a implantação do novo sistema de distribuição foram iniciadas em julho de 2016, tendo diversas ações realizadas desde então para analisar a viabilidade do projeto. Uma das primeiras, ainda em 2016, foi a instalação de kits para utilização do GNV em dois caminhões da Santa Cruz, que passaram a utilizar o combustível por meio do abastecimento em um posto de combustível localizado em Araraquara (SP).

Já em 2017, durante a 25ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho (SP), foi assinado um protocolo de intenções que envolveu a GasBrasiliano, a São Martinho e diversos órgãos e empresas do setor de energia para avaliar a tecnologia diesel-gás em veículos pesados utilizados em usinas de cana-de-açúcar.

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Os resultados foram apresentados na edição do evento de 2018, que demonstraram menor impacto ambiental, com redução de emissão de gás carbônico (CO2) em cerca de 10%, e melhor desempenho energético, com economia de aproximadamente 13% de combustível em comparação ao diesel, na época.

Em continuidade às tratativas, outras evoluções ocorreram, como a instalação do ponto de abastecimento na própria usina em 2018 e, em 2019, a definição pelo fornecimento do gás natural via rede de distribuição e a realização de testes no caminhão Scania 100% GNV.

Inicialmente serão abastecidos três caminhões no local

Segundo Paulo Lucena, diretor técnico-comercial da GasBrasiliano, o setor sucroenergético é fundamental para alavancar a expansão do gás natural, já que a região Noroeste do estado é conhecida por reunir uma grande quantidade de usinas de açúcar e etanol.

“Por meio de ações em parceria com estas usinas, permitindo ancorar volumes em diversas regiões da área de concessão, poderemos alavancar a universalização do gás natural no Oeste de São Paulo”, diz.

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Lucena comenta que a experiência bem-sucedida da Santa Cruz mostra como é viável o uso do gás natural para abastecimento de frotas pesadas, o que deve gerar interesse de outras usinas, ajudando assim a acelerar o processo de utilização desta fonte de energia nas frotas pesadas tanto de usinas como de outros tipos de empresa. Além disso, o diretor ressalta que o uso do gás natural em frotas pesadas é apenas um dos pilares do tripé dos projetos de expansão na área de concessão da empresa baseados nas parcerias com o setor sucroenergético.

“Os outros envolvem a usina híbrida, que utiliza a biomassa da cana-de-açúcar associada ao gás natural para geração de energia, e o biometano, gás gerado a partir do processamento de resíduos da cana-de-açúcar como a vinhaça e que pode ser distribuído via redes de distribuição da GasBrasiliano, que tem como papel fomentar o desenvolvimento deste mercado e prover a infraestrutura de escoamento que irá conectar os produtores aos consumidores, viabilizando assim uma nova opção energética para o Noroeste Paulista”, complementa.